PMDB da oposição deve deixar de votar em Greenhalgh

A ala oposicionista do PMDB anunciou hoje no Rio, a "tendência a não votar na candidatura oficial do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) a presidente da Câmara dos Deputados. O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse que "não houve ajuste nem dentro do PT" e que, por isso, "a tendência é a de que um bom grupo não vote na candidatura oficial".

O grupo também está decidido a lançar um oposicionista como candidato a líder na Câmara para concorrer com o líder José Borba (PA), que representa a ala governista.

Os peemedebistas que se opõem à aliança com o governo se reuniram hoje no Palácio Laranjeiras, residência oficial da governadora Rosinha Garotinho (PMDB), por cerca de duas horas, antes de anunciarem as duas decisões. Estiveram presentes Temer e os presidentes dos Diretórios Estaduais de São Paulo, Orestes Quércia, do Rio, Anthony Garotinho, secretário de Governo e Coordenação do Estado, e de Minas Gerais, deputado Saraiva Felipe. O vice-presidente nacional da sigla, Eliseu Padilha, e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também participaram do encontro.

Segundo o presidente nacional do PMDB, mais da metade da bancada de 76 deputados não apoiará o deputado do PT de São Paulo. Apesar de ainda não haver consenso em torno de um outro nome, Temer disse que não descarta apoiar o candidato Virgílio Guimarães (PT-MG) e que a agremiação não se absterá.

As decisões, segundo Quércia, foram tomadas "porque o PT insiste em desrespeitar o resultado da nossa convenção, enquanto eles expulsaram do partido quem não seguiu as decisões da executiva nacional".

Anthony Garotinho também condenou a forma "desrespeitosa" com que a administração federal trata a direção do PMDB. Ele classificou como "fisiologismo" o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter convidado o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), e os ministros da Previdência Social, Amir Lando, e das Comunicações, Eunício Oliveira, para conversarem sobre reforma ministerial. "Chamar o Sarney e não chamar o presidente do partido é uma prática fisiológica execrável", criticou Anthony Garotinho.

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