O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente,Cláudio Langone, que participa em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia,da 1ª Reunião Interamericana de Ministros e Altas Autoridades deDesenvolvimento Sustentável, apresentou ontem (4) aos representantes dospaíses-membros da Organização dos Países Americanos (OEA) presentes aoencontro o Plano Nacional de Recursos Hídricos do Brasil. O planobrasileiro no setor é um dos primeiros elaborados no mundo e, por essemotivo, servirá de base dos debates. "Ele foi construído de modoparticipativo e descentralizado pelo governo e a sociedade organizada.A água é decisiva ao desenvolvimento em várias frentes. É assim naindústria, na agricultura, na prestação de serviços associados à água,como o saneamento, dentre outros setores e serviços", afirmou Langone.

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As lideranças presentes aoevento pretendem consolidar uma estratégia comum de gestão dos recursoshídricos (hoje em consulta entre os países da OEA), até porque muitaságuas são transfronteiriças.

Dois outros temas(interligados) e de destaque, hoje, em solo boliviano: a prevenção dedesastres naturais e o processo de mudanças climáticas. "O Brasilprocura chamar a atenção para o fato de que os países emdesenvolvimento, além de serem os mais vulneráveis às mudançasclimáticas, são os que possuem menos recursos para operar sistemas dealerta, por exemplo, contra furações e outras emergências provocadaspelo aquecimento global", afirmou Langone.

Para corrigir essadistorção, o Brasil propôs no evento a transferência de recursos dospaíses desenvolvidos que contribuam para reduzir os danos e facilitar aadaptação das sociedades em desenvolvimento às mudanças climáticas.

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Durante o encontro, osrepresentantes devem aprovar o Programa Internacional deDesenvolvimento Sustentável para o período 2006-2009. Seu conteúdoorientará as ações OEA. Assinarão ainda uma declaração, a "Declaraçãode Santa Cruz + 10", que aborda o desenvolvimento sustentável.