O PFL tentará impedir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) na próxima terça-feira se até lá o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, não resolver o impasse em torno da liberação de 70% dos depósitos judiciais para a prefeitura do Rio de Janeiro, conforme exigência do deputado Rodrigo Maia (PFL-RJ). O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), que se reuniu hoje com Palocci, disse que a posição do partido de pedir verificação do quorum para a votação da LDO está mantida. Se isso acontecer, a aprovação dependerá dos votos de, no mínimo, 257 deputados e 41 senadores, precisando, assim, da mobilização dos parlamentares na próxima semana. Sem aprovar a LDO o Congresso não entra em recesso parlamentar este mês.

O senador do PFL saiu satisfeito do encontro com Palocci que, na sua avaliação, vem se destacando nas negociações políticas com o Congresso. “O ministro termina promovendo entendimentos satisfatórios pelo alcance de sua ação política”, observou Agripino. O líder do governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN), também elogiou a ação de Palocci que, na próxima semana, voltará a fazer contato com os líderes, estreitando o canal de relacionamento com os aliados e com a oposição. O ministro da Fazenda prometeu conversar com os senadores sobre o texto do projeto que cria as parcerias público-privadas (PPP) – o que já fez esta semana com senadores do PSDB – cujas negociações serão reabertas em agosto. “O ministro Palocci é firme e duro nas decisões econômicas e hábil nas negociações políticas”, completou Bezerra.

continua após a publicidade

continua após a publicidade