A operação "Campo Fértil", da Força-Tarefa Previdenciária, composta pela Polícia Federal (PF), Ministério da Previdência Social, Justiça Federal e Ministério Público Federal, deve cumprir nesta sexta-feira (1.º) 21 Mandados de Prisão Temporária e 46 Mandados de Busca e Apreensão. A operação, que conta com 220 Policiais Federais e 32 Servidores da Previdência Social, visa desarticular uma organização criminosa que atuava na intermediação de benefícios previdenciários concedidos de forma fraudulenta pelas Agências da Previdência Social na região Norte do Estado.
As atividades da operação "Campo Fértil", (assim denominada em alusão à fertilidade da região do Estado do Paraná onde há incidência de ?terra roxa?) que tiveram início há cerca de oito meses, nas cidades de Maringá, Campo Mourão e Goioerê, dão conta de um verdadeiro ?escritório profissional?, que, segundo estimativas da própria PF, pode ter causado um prejuízo de R$ 7 milhões aos cofres públicos.
O esquema de fraude consistia em expedição de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC) falsas, inserção de contribuições previdenciárias inverídicas nos Sistemas da Previdência e requisição e concessão de benefícios previdenciários, também através de documentos fraudados.
Ainda segundo a PF, há indícios de que integrantes do grupo investigado fazia uso do ?0800? da Previdência Social para controlar a concessão de benefícios de seus ?clientes? e para consultar a liberação da autorização dos valores pagos a título de ?atrasados?.
O esquema envolvia a participação de 74 pessoas, dos quais 22 são servidores da Previdência Social, sendo 07 detentores de cargo de chefia ou função gratificada, 3 membros de Câmaras Municipais, 7 funcionários de Sindicatos de Trabalhadores Rurais e 3 advogados. Os acusados poderão respoder por estelionato, formação de quadrilha, além de corrupção ativa e passiva.
A cobertura completa sobre a Operação Fértil, desencadeada pela Polícia Federal, nesta sexta-feira, estará nas páginas deste sábado (02) dos jornais O Estado e Tribuna do Paraná.