PF descobre depósito clandestino de combustível no Rio de Janeiro

A Polícia Federal descobriu hoje uma destilaria de combustíveis clandestina em Barra Mansa, no sul do Estado do Rio, com cerca de 500 mil litros de gasolina e álcool. Vinte e seis pessoas foram presas e dezoito caminhões carregados de gasolina e álcool foram apreendidos. A polícia suspeita que o local era usado para adulterar combustíveis, que seriam vendidos em postos de todo o Estado. Os produtos encontrados teriam vindo de uma distribuidora de Paulínia (SP), segundo as investigações.

A destilaria tem cinco tanques para armazenar combustíveis, com capacidade para 150 mil litros cada. De acordo com técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP), quatro deles armazenavam gasolina, álcool hidratado e álcool anidro – usado para compor a gasolina que é vendida nos postos. O outro estava vazio. Os tanques poderiam ser utilizados para misturar combustíveis e solventes ou adicionar à gasolina uma quantidade de álcool maior do que os 25% previstos na legislação.

A ANP foi chamada pela Polícia Federal para recolher amostras dos combustíveis. As amostras serão levadas à análise em um laboratório no Rio, para verificar se os produtos estão adulterados. Um teste preliminar indicou que as amostras de álcool estavam em conformidade com as especificações exigidas. Os técnicos explicaram, porém, que serão necessárias novas análises para comprovar a qualidade dos produtos.

Segundo a polícia, o depósito clandestino movimentava entre 3 e 5 milhões de litros de combustíveis por mês. Dos 26 presos, 19 eram motoristas de caminhão e o restante trabalhava no local, próximo ao quilômetro 278 da Rodovia Presidente Dutra. A operação, que começou por volta das 2h da manhã, apreendeu também documentos e notas fiscais de venda dos produtos. Um advogado da empresa dona do produto esteve no local e levou comida aos presos, mas evitou falar com a imprensa.

A polícia suspeita que o combustível seria destinado a uma distribuidora local cujo depósito – localizado a apenas cinco quilômetros de distância – foi fechado em abril, quando foram encontrados indícios de adulteração e sonegação de impostos.

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