Petros e Previ consideram desrespeito divulgação antecipada de relatório

Os presidente da Petros, Wagner Pinheiro, e da Previ, Sérgio Rosa, consideram um "desrespeito" a divulgação antecipada do relatório da CPI dos Correios referente aos fundos de pensão pelo deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL – BA). "O relatório é um desrespeito aos fundos de pensão e às instituições financeiras", disse Pinheiro. "É uma situação de completo desrespeito", completou Rosa. Segundo Pinheiro, é "absurda" a decisão do deputado de divulgar resultados preliminares e parciais do relatório sem ouvir outras partes ou apresentar os critérios utilizados para a constatação de perdas de R$ 700 milhões nos fundos de pensão.

"Isso não é verdade e não está comprovado", disse o presidente da Petros. Pinheiro disse também que está "assustado" com o uso da imunidade parlamentar e disse que ela limita as iniciativas do ponto de vista jurídico que estão sendo estudadas pelos fundos. Segundo ele, os fundos estão avaliando a reação ao relatório do ponto de vista jurídico e técnico, e o objetivo é provavelmente contratar um consultor nacional para uma avaliação do trabalho da CPI e conhecimento dos critérios do relatório, para em seguida questionar as afirmações.

Para Pinheiro, a divulgação do relatório atende "exclusivamente ao interesse político e partidário e não ao interesse da sociedade". Segundo ele, "é uma postura de quem quer mostrar serviço e faz um desserviço à sociedade". Sérgio Rosa ironizou a divulgação do relatório: "O relatório é secreto e não entendo como foi parar na imprensa". Ele disse que, embora a Previ tenha sido citada de forma modesta no relatório, nem mesmo as informações relativas ao fundo que preside podem ser questionadas, porque não há informação de qual foi a base de cálculo utilizada pela comissão. "O que sei é que nos últimos três anos a Previ teve um superávit expressivo", disse. Para Rosa, "quando há quebra de sigilo, há uma transferência deste sigilo, e quem o recebeu tem o dever institucional de guardá-lo". Ele acrescentou que não sabe até o momento qual o objetivo das acusações aos fundos de pensão. "Mas ao interesse público é que não é". Pinheiro e Rosa vão participar hoje à tarde de reunião realizada pelas entidades vinculadas aos fundos para avaliar as denúncias das quais estão sendo alvo nos últimos meses.

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