Petição pró-Sobel reúne mais de 5 mil assinaturas

O grupo "Amigos Brasileiros do Paz Agora", que prega a paz entre judeus e árabes, abriu um abaixo assinado online em solidariedade ao rabino Henry Sobel, que confessou ter furtado cinco gravatas em loja de grife em Palm Beach, Flórida (Estados Unidos), no dia 23 de março e foi detido no mesmo dia pela polícia americana. "O lamentável episódio que o envolveu mostra que todos somos humanos, e ninguém está livre de atitudes irracionais e autodestrutivas", diz o abaixo assinado, que, até às 16h10, já reunia 5.562 assinaturas no endereço http://www.petitiononline.com/petsobel/petition.html

Sobel que retornou ao Brasil após pagar fiança de US$ 3 mil nos Estados Unidos, está internado desde o último dia 30 no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, por "descontrole emocional".

O texto do abaixo-assinado, escrito pelo coordenador do "Amigos Brasileiros do Paz Agora", Moisés Storch, pede que se tenha "compaixão" com Sobel. "Neste momento extremamente difícil de sua vida, na véspera do Pessach e da Páscoa, apelamos à comunidade judaica e ao público brasileiro a manter o espírito de compreensão e compaixão, valorizando no homem público Henry Sobel aquilo que o destaca em todo o seu longo histórico de realizações: a sua rara coragem de perseverantemente lutar pelas causas da Justiça, dos Direitos Humanos, e pela Paz entre os povos, mesmo quando contrariando as poderosas forças dominantes".

O apresentador da Rede Globo Luciano Huck, cujo casamento com Angélica, também apresentadora da emissora, foi realizado por Sobel, também divulgou em seu site (http://lucianohuck.globo.com) um editorial em apoio ao rabino. Diz o texto: "Antes que a indústria dos escândalos solidificada na base da boataria se antecipe em converter em verdade absoluta um caso que ainda carece de conclusões, análise médica e jurídica, é justo que se registre a importância de Henry Sobel no processo de redemocratização do Brasil, bem como de sua luta pelos direitos humanos e fé incondicional no entendimento dos povos, independentemente de credos e religiões".

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também divulgou nota em que lamenta o episódio "em que foi envolvido" Henry Sobel e lembra a participação do rabino no primeiro ato ecumênico brasileiro, em 1975, realizado em memória de Vladimir Herzog, jornalista assassinado pelo regime militar. "Realizado na catedral da Sé, o culto marcou um momento de grandeza na história recente do País, pois foi a partir daquele ato, que reuniu 8 mil pessoas, representando setores diversos de sociedade civil, que a ditadura militar começou a cair", diz a nota.

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