Pescadores de Paranaguá terão um salário mínimo por mês, segundo Fristch

pgua181104.jpgCerca de 3.500 pescadores do litoral paranaense receberão do governo um salário mínimo por mês, por tempo indeterminado, para garantir a sobrevivência até que possam voltar às suas atividades. Os pescadores estão impossibilitados de trabalhar desde o último domingo, quando um navio chileno carregado com onze toneladas de metanol explodiu no porto de Paranaguá, causando sérios prejuízos ao meio ambiente.

Além do metanol, o óleo mineral do navio já se espalhou por um raio de 30 quilômetros no mar. Por isso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) proibiu a pesca no local por tempo indeterminado.

Para fazer uma avaliação dos prejuízos, o ministro da Pesca, José Fristch, está hoje em Paranaguá. Segundo o ministro, a intenção do governo é inicialmente garantir aos pescadores prejudicados um salário mínimo por um período de 60 a 90 dias, mas esse prazo pode ser prorrogado até que o Ibama autorize a volta à pesca no local. O ministro afirmou que para o pescador ter direito a esse seguro, ele deve ser cadastrado como profissional artesanal e ter, no mínimo, seis meses de registro.

José Fristch reconheceu que um salário mínimo não irá cobrir o prejuízo diário dos pescadores, mas é uma forma de minimizar o prejuízo. ??Isto significa que os pescadores que saíam todos os dias para pescar não têm mais como garantir a sua sobrevivência já que não tem mais renda. Então, o seguro compensa minimamente as perdas", afirmou. Os recursos para indenizar os pescadores vêm do Fundo de Amparo ao Trabalhar (FAT), do ministério do Trabalho.

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