Paulo Bernardo afirma que governo negocia, mas não com ameaça

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje que o governo pretende fazer mudanças no sistema de tráfego aéreo do País, ouvindo todos os setores envolvidos, "mas sem faca no pescoço, sem passar intranqüilidade à sociedade brasileira". O ministro afirmou que repassou aos controladores a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que ele tem todo o interesse em negociar.

Segundo Paulo Bernardo, Lula deixou claro que só fará negociação se os controladores de vôo trabalharem em condições de normalidade. "Vamos negociar, mas não debaixo de ameaça. Negociação como essa exige confiança mútua entre ambas as partes", disse o ministro, depois de se reunir por uma hora com controladores de vôo militares e civis.

Sobre a possibilidade de anistia dos participantes do movimento o ministro disse que o assunto nunca foi tratado. "Ninguém nunca mencionou anistia", disse. Mesmo sendo advertido de que o termo estava na nota assinada por ele para o fim do motim, Bernardo repetiu que o assunto nunca foi tratado. Por fim, o ministro assegurou que o que o governo quer é "investir na tranqüilidade e não botar fogo no circo".

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