O vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Compra de Votos, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), afirmou pouco antes de começar o depoimento do empresário, que "espera que Marcos Valério fale hoje toda a verdade". Ele disse que os parlamentares pretendem que ele esclareça três pontos. O primeiro deles, quando começou o esquema de repasse de recursos a parlamentares. "Temos informações, sobre 1998, 2003 e 2004. Mas há um grande mistério ainda que envolve 2002, que foi a eleição dos atuais deputados, senadores e governadores, e a eleição de 2000."

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O vice-presidente disse que a segunda questão que a CPMI quer saber é quem financia esse esquema. "O volume de recursos que circula pelas contas do senhor Marcos Valério e de suas empresas é muito superior do total de seus contratos", disse.

De acordo com o deputado, os parlamentares querem também a relação completa das pessoas que receberam recursos do empresário. "Quais, ao longo dos últimos anos, comprovadamente, desde 1998, quando Eduardo Azeredo concorreu à reeleição em Minas Gerais, até agora, são os partidos e políticos que foram de alguma forma beneficiados por esse esquema".

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