?O debate da Alca hoje é a principal discussão do ponto de vista econômico e comercial. Incentivamos que nossos parlamentos não sejam somente expectadores, mas também interventores na avaliação das ações do Executivo”, diz a deputada Maria José Conceição Maninha, que assumiu a presidência da Copa no ano passado, em Puebla, no México.
Ainda que a Copa represente o interesse nacional nas discussões da Alca, Maninha afirma que somente os parlamentares brasileiros conseguiram abertura para acompanhar diretamente as negociações. “Em Puebla, no México, o embaixador Adhemar Bahadian e os parlamentares brasileiros conseguiram acesso direto às propostas. Isso representou um avanço para nossa participação”, explica a deputada.
Pelo andamento das discussões, a deputada prevê que a “Alca não será um tratado de livre-comércio com a abrangência inicial”. De acordo com Maninha, “mesmo que o tratado seja aprovado, será modesto e com situações de resistência como a do próprio Brasil”.
Haiti
Outro assunto debatido na Copa será a situação do Haiti, país cujo presidente, Jean-Bertrand Aristide, democraticamente eleito, foi deposto por um golpe militar no início do mês de março. “Temos repúblicas e democracias jovens nas Américas que precisam ser reforçadas. Uma delas é o Haiti, além da Venezuela e República Dominicana”, diz Maninha, em referência a dois outros países em que considera haver o risco de ruptura institucional. Ela afirma ter recebido informações do Congresso do Haiti que relatam a total paralisação do legislativo no país.
No final do encontro em Brasília, o Comitê Parlamentar se pronunciará oficialmente sobre a situação haitiana.
continua após a publicidade
continua após a publicidade