Parentes dos passageiros do vôo 1907 pedem transparência ao Governo

Cerca de 30 pessoas entre amigos e parentes de seis vítimas da região de Campinas que estavam no vôo Gol 1907, que caiu em 29 de setembro do ano passado, participaram hoje, na Catedral Metropolitana de Campinas, a 100 quilômetros de São Paulo, do protesto nacional composto de missa seguida de pedidos de transparência pelo governo federal nas investigações e atos sobre o acidente. Além de Campinas, aconteceram missas em Porto Alegre e Brasília.

Um novo protesto pacífico, também organizado pela Associação de Parentes das Vítimas do Vôo 1907, acontece provavelmente no final de fevereiro, com o plantio de Ipês nos oito municípios de origem dos 154 mortos do acidente, segundo a vice-presidente da Associação, Angelita Rosicler de Marchi. As atividades serão regulares, de acordo Angelita, para o assunto não cair no esquecimento

Em Campinas, ao final da missa, no altar, Angelita leu uma pequena carta, um lamento das famílias pelas mortes. A representante de Campinas da Associação, Luciana Siqueira, pediu justiça aos mortos e familiares. Depois os parentes e amigos se reuniram em frente à Catedral para estender três faixas de protesto com os seguintes dizeres: "Autoridades: queremos respeito à nossa causa", "Queremos justiça pelas 154 vítimas que foram privadas do convívio de seus lares" e "Quem tira a vida de 154 pessoas merece tapete vermelho?", referindo-se aos dois pilotos do jato Legacy recebidos como heróis nos Estados Unidos.

Ao final do protesto nas escadarias da Catedral, a Associação entregou uma carta denominada "Nota 025" onde relaciona oito pedidos de esclarecimentos pelas autoridades brasileiras. "Queremos a verdade e que os culpados sejam punidos. Para as famílias os culpados são os pilotos do Legacy", afirmou o empresário Mauro Siqueira, parente de Plínio Siqueira, executivo da Bombardier em Campinas, que estava no vôo da empresa aérea Gol.

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