Várias famílias deverão deixar suas casas no próximo ano para que seja construída uma nova pista do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e para que seja ampliada a pista do Aeroporto José Richa, em Londrina.

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Eles são administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaria (Infraero), mas é a Procuradoria Geral do Estado, em parceria com a prefeitura de São José dos Pinhais, que deverá resolver o problema da região da capital. A prefeitura de Londrina, com apoio do governo do Estado, buscará recursos para a obra no interior.

No Afonso Pena a obra será de 857 mil metros quadrados, sendo 3.400 metros de extensão só da pista. Nos últimos dias foi adiantado o levantamento para estimativa de custo, que já prevê indenização para as famílias que moram nas 300 casas construídas na área onde deverá ser feita a obra.

Cada casa segue um processo diferente de acordo com suas necessidades e cada família receberá uma indenização diferente, referente às benfeitorias realizadas no terreno, para buscar um novo lar. As obras da pista, que serão pagas pela Infraero, podem custar R$ 350 milhões.

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“Depois do estudo, o governo irá declarar a área como sendo de utilidade pública e terão início os processos. Os recursos para a indenização já estão previstos para o orçamento do ano que vem”, ressalta Germano Monteiro, chefe do Departamento Aero-Hidro-Ferroviário da Secretaria de Estado dos Transportes.

Londrina

Em Londrina, a pista será ampliada em 700 metros, mas há uma faixa de pista que deverá ser ampliada em 150 metros para cada lado. As desapropriações serão nessa área lateral.

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“É uma superfície imaginária onde não pode haver obstáculos como postes ou casas”, explica Monteiro. A obra servirá para adequar o aeroporto às normas de um estabelecimento de voo de grande porte e promover maior segurança das operações de pouso e decolagem com a instalação de novos equipamentos.

As desapropriações já foram orçadas e devem custar R$ 27 milhões. Pelo menos R$ 20 milhões, no próximo ano, deverão ser oferecidos pelo governo do Estado para auxiliar a prefeitura de Londrina.

Nos dois casos, depois da desapropriação, a Infraero deverá pedir licenciamento ambiental e contratar um estudo de impacto. Serão realizadas audiências públicas e, se houver a licença prévia e de instalação, a Infraero fará revisão do projeto e já poderá licitar a obra. No caso do Aeroporto Afonso Pena, Monteiro prevê uma demora de dois anos. Em Londrina, as obras devem durar apenas um ano.