Vítimas do calote da 5200 promovem novo protesto

Funcionários e clientes da loja 5200, localizada na Avenida das Torres, em Curitiba, se reuniram, ontem de manhã, para protestar em frente ao estabelecimento. Todos se diziam vítimas de calote da loja, que fechou as portas há duas semanas sem dar explicações.

Segundo funcionários da loja, a 5200 alegou falência, deixando de pagar salários e não entregando mercadorias a clientes. Muitos diziam estar com dificuldades inclusive para retirar pertences pessoais, incluindo carteira de trabalho e outros documentos, de dentro do estabelecimento fechado.

“Não fomos avisados que a loja iria fechar e fomos pegos de surpresa. Não recebemos salário, décimo terceiro, férias e há tempos nosso FGTS não é depositado”, conta o encarregado de depósitos, Aroldo Rodrigues da Costa Júnior. “Em função disso, muitos funcionário têm família para sustentar e estão passando por sérias dificuldades financeiras”.

A advogada Caroline Farias dos Santos fez há alguns meses uma compra no valor de R$ 2 mil na 5200. Ela parcelou o valor, fornecendo cheques pré-datados ao estabelecimento. Até hoje não recebeu os produtos que comprou. “A loja prorrogou por diversas vezes o prazo de entrega. Então, resolvi cancelar a compra e pedir meu dinheiro de volta”, lembra.

Ao solicitar que os cheques lhe fossem devolvidos, Caroline descobriu que eles já haviam sido passados para frente pela loja e resolveu sustá-los. “Entrei em contato com a empresa para a qual meus cheques foram repassados e ouvi que a organização não tinha nada a ver com meus problemas com a 5200 e que meus cheques serão protestados. Agora, ou eu pago por um produto que não recebi ou fico com o nome sujo na praça”.

Os clientes e funcionários afirmam que a 5200 é uma filial da 7200, localizada em Porto Alegre (RS). Eles pensam em entrar com uma ação conjunta contra a empresa.

Loja

Em entrevista recente a O Estado, o gerente financeiro da 5200, Franklin Vasconcelos Neto confirmou a falência da loja, mas revelou que não existe uma matriz da loja em Porto Alegre e afirmou desconhecer as informações fornecidas por clientes e funcionários. “Também sou um funcionário e estou lesado. A loja decretou falência e nós só cumprimos o que era para ser feito. Mas não existe nenhuma relação com alguma loja de Porto Alegre”, declarou.

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