Vítimas de vazamento de amônia ainda têm sintomas

A maioria dos funcionários do frigorífico Averama, em Umuarama, noroeste do Paraná, envolvidos com o vazamento de amônia no meio da semana, passa bem.

Cerca de 100 pessoas tiveram complicações na quarta-feira por terem respirado o gás, utilizado na tubulação do sistema de refrigeração do frigorífico. Vinte e nove delas, por apresentarem sintomas mais graves, foram encaminhadas para hospitais da região.

De acordo com o Hospital Cemil, que atendeu 16 pacientes, a maioria já havia recebido alta. Segundo o hospital três pessoas ainda estavam em observação ontem. Outros 12 trabalhadores foram levados para o Hospital São Paulo, também em Umuarama.

Segundo o órgão, no final da tarde de ontem quatro ainda permaneciam na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) e outras seis estavam internadas em observação.

Outro paciente foi encaminhado para o Hospital Nossa Senhora Aparecida e permanecia em observação ontem. A reportagem conseguiu contato com dois funcionários que ainda permaneciam internados.

Um deles estava rouco e com dificuldades para falar. “Estávamos trabalhando normalmente até sentir um cheiro estranho e muito forte no nosso setor. Depois que os supervisores pararam tudo começamos a deixar o local”, conta o funcionário que preferiu não se identificar.

Outro trabalhador disse que teve dificuldades em deixar o local. “Cheguei a desmaiar por esperar tanto tempo atendimento. O pior foi sair por uma porta pequena”, revela. Ambos ainda sentiam dores de cabeça e tontura.

A empresa defende-se afirmando que os colaboradores não ficaram feridos no acidente. A Averama diz que uma perícia constatou rompimento na tubulação que canaliza a amônia, falha que será comunicada ao fornecedor, uma vez que a pressão do gás estava normal. O frigorífico deve retomar as operações hoje, assim que o local apresente condições seguras de trabalho.

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