Vila Velha fechada causa prejuízos aos municípios

Os poucos dias que restam para o fim do mês encerram mais uma temporada de verão em que a população não pôde visitar o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, um dos pontos turísticos mais apreciados no Estado. Para os municípios dos Campos Gerais, o fechamento do parque, há mais de um ano, fez cair bruscamente o número de visitantes na região.

Segundo o secretário do Turismo e Meio Ambiente de Ponta Grossa, Álvaro Luiz Scheffer, estima-se que hoje o movimento de turistas na região seja equivalente a um terço do que era na época em que o parque estava aberto. “Vila Velha sempre funcionou como âncora para os municípios dos Campos Gerais”, afirma. “Os turistas vinham para cá atraídos pela fama do parque e aproveitavam para visitar os demais pontos turísticos, como o Canyon do Guartelá, em Tibagi, e as cachoeiras de Prudentópolis.” O secretário lembra que num raio de 10 quilômetros de Vila Velha há aproximadamente quinze pontos turísticos importantes na região.

A reabertura do local está na dependência de uma decisão judicial favorável. Scheffer – que também integra o conselho gestor do parque, formado para junto com a câmara técnica planejar todo o funcionamento do local – diz que a ação não está parada e que há poucos dias foi encaminhada ao Ministério Público. “Esperamos que no Ministério Público a questão seja resolvida com maior agilidade”, comenta, lamentando o fato de que o período em que o parque sempre registrou o maior número de visitação – de dezembro a fevereiro – já tenha passado. “Os Campos Gerais ficaram mais uma temporada sem o parque”.

Tanto Scheffer quanto a ONG Liga Ambiental, que participa da câmara técnica – formada por representantes dos governos estadual e municipal e de entidades ambientalistas – garantem que não há pendências em relação aos riscos ambientais que as obras de revitalização do parque apresentaram, questão essa que motivou a ação popular que causou o fechamento do parque. “Já estão removidas todas as obras impactantes cujos danos da remoção não causariam prejuízos ainda maiores para o meio ambiente”, destaca o secretário, acrescentando que além desta medida o conselho gestor e a câmara técnica vêm se reunindo periodicamente e planejando a nova sistemática de funcionamento do parque. “O objetivo é de que comecemos os trabalhos, como contratação e capacitação de pessoal e aberturas de licitações para diversos serviços, no dia seguinte à aprovação judicial.” Scheffer informa ainda que o parque contará com um padrão de excelência no que se refere ao tratamento disponibilizado aos turistas e à preservação.

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