Vigília lembra que a aids continua fazendo vítimas

Mobilizar a comunidade na luta contra a aids, recordar as vítimas da doença e prestar solidariedade às pessoas portadoras do vírus HIV é a missão da Comissão Municipal DST/Aids de Curitiba, composta por integrantes de trinta organizações não-governamentais e funcionários da Secretaria Municipal de Saúde. Ontem, a entidade participou da 20.ª Vigília Internacional das Pessoas Vivendo e Convivendo com Aids, que há vinte anos vem sendo promovida no terceiro fim de semana de maio.

Na Boca Maldita foi montado um estande e um palco onde foram realizadas apresentações de bandas de axé e rock. Dezenas de folders informativos, explicando as formas de se evitar a contaminação pelo vírus HIV, foram distribuídos entre a população. “Nossa intenção é chamar a atenção da população, principalmente dos mais jovens, em relação à aids”, afirma a coordenadora de DST/Aids de Curitiba, Mariana Thomaz. “Notamos que, nos últimos anos, têm aumentado os casos de aids entre heterossexuais, principalmente entre mulheres e pessoas com menos de vinte anos de idade.”

Desde 1990, com uma série de medicamentos para tratamento, a aids deixou de ser uma doença fatal e, por causa disso, muitos deixaram de se preocupar com a prevenção da doença. “As pessoas deram uma relaxada, deixaram de se cuidar e a incidência da doença começou a aumentar”, diz a médica infectologista da Coordenação Municipal de Aids, Silvia Rossi. Atualmente, a utilização de um coquetel de medicamentos aumenta em aproximadamente 15 anos a expectativa de vida de quem é portador do vírus HIV.

Vigília

A vigília internacional foi realizada pela primeira vez em 1983, quando no mundo não havia mais do que mil pessoas mortas por causa da aids. De lá até dezembro do ano passado, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, foram diagnosticados, no Brasil, 257.780 casos de aids, sendo 185.061 em homens e 72.719 em mulheres. No Paraná, desde o início da epidemia, foram notificados 11.504 casos de pessoas infectadas pela doença. Destes, 88,99% foram diagnosticados entre pessoas na faixa etária de 15 a 45 anos. Em Curitiba, 5.005 casos de aids foram notificados até 31 de dezembro de 2002.

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