Vigilância Sanitária esclarece dúvidas sobre fraude e consumo de leite

A Secretaria da Saúde do Paraná esclarece à população que o leite UHT que foi fraudado por duas cooperativas mineiras era captado em Goiás e Minas Gerais, e vendido apenas em Minas Gerais e São Paulo. Segundo a chefe da Divisão da Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria, Elaine Castro Neves, a fraude com água oxigenada, soda cáustica e soro, objetivava aumentar o volume de leite e o lucro das cooperativas, assim como a validade do produto; e o leite UHT enterrado no Rio Grande do Sul não estava adulterado. Houve problemas na estocagem: o teto do depósito desabou, inutilizando o produto.

Perigos à saúde

A soda cáustica e a água oxigenada são produtos usados na limpeza dos equipamentos dos laticínios. A soda pura é um produto corrosivo e quando ingerido, nesta forma, pode causar sérios danos nas mucosas da boca, estômago e intestino, podendo até matar.

No caso da fraude de Minas Gerais, as quantidades de soda e água oxigenada usadas eram insignificantes em relação ao volume de leite. O objetivo dessa fraude foi regular acidez de leites de má qualidade. Já a água oxigenada serve para inibir o crescimento de bactérias que produzem deterioração, e é muito difícil que venha ocasionar qualquer dano significativo a saúde do consumidor.

No Paraná, não existe qualquer fato que justifique as pessoas não consumirem este leite, uma vez que o produto fraudado não foi encontrado no Estado. ?O Departamento de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado da Saúde coleta, periodicamente, amostras de leite UHT (longa vida/caixinha) comercializado no Paraná, para verificar a qualidade dos mesmos, através de análises feitas no Laboratório Central do Estado-Lacen/PR?, explicou Elaine.

Segundo ela, o Laboratório Central do Estado/Lacen só analisa amostras coletadas e enviadas pelas Vigilâncias Sanitárias Municipais – órgãos responsáveis também pelo registro das reclamações feitas pelos consumidores.

?Outra atividade desenvolvida pela Secretaria da Saúde para o controle de alimentos de origem animal é o Programa Estadual de Controle de Medicamentos (antibióticos) Veterinários em Alimentos de Origem Animal/PAMVET/PR?, lembrou Elaine. De acordo com ela, trata-se do programa que avalia continuamente os níveis de resíduos de medicamentos veterinários nos alimentos de origem animal.

Segundo Elaine, até o momento não existe nada que comprometa a qualidade do leite produzido e comercializado no Paraná. Por isso, a população pode continuar consumindo o leite UHT normalmente.

No caso do leite e sobre os órgãos de fiscalização é importante saber:

· Vigilância Sanitária: monitora a qualidade dos produtos de origem animal – leite e derivados, embutidos, pescados e outros -, após a industrialização, nos pontos de venda.

· Serviço de Inspeção Federal (SIF): fiscaliza o produto durante seu processamento ? indústrias e laticínios – e inspeciona indústrias produtores e comercializadoras, em todo o território nacional.

· Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Paraná (SIP/POA): inspeciona os produtos durante os processamentos, em indústrias e laticínios que comercializam seus produtos, no Estado do Paraná.

SERVIÇO: Maiores informações podem ser obtidas pelo fone 41-3330 4472, da Divisão de Alimentos da Secretaria de Estado Saúde/SESA.

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