Vazamento no Rio Iguaçu deixa autoridades em alerta

Agentes do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) passaram grande parte do dia de ontem trabalhando em um vazamento de um tipo de óleo verificado no Rio Iguaçu, próximo à Estação de Tratamento de Água da Sanepar – situada entre os municípios de Curitiba e São José dos Pinhais. O vazamento foi constatado na tarde de quinta-feira por um funcionário da estação da Sanepar.

Os bombeiros foram acionados no início da noite e, assim que chegaram ao local, instalaram uma barreira de contenção com o objetivo de evitar que o produto continuasse a se espalhar. Durante a manhã de ontem, os trabalhos tinham como objetivo descobrir a origem do vazamento. Uma equipe do IAP percorreu o rio e coletou amostras do produto derramado (para identificar sua origem e composição) e também da água do rio, abaixo e acima da estação de captação da Sanepar. O resultado da análise será divulgado em 15 dias.

O IAP também orientou a instalação de barreiras de contenção para evitar que o produto se alastrasse. ?Ainda não se sabe a origem do vazamento, mas foi em princípio descartada a possibilidade de ter sido provocado pela Sanepar?, disse o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e presidente do IAP, Rasca Rodrigues. Há suspeitas de que se trate de óleo vegetal ou combustível.

?Também não se sabe a quantidade de óleo que vazou, mas em princípio parece ter sido uma ocorrência de pequenas proporções?, afirmou o engenheiro do IAP, Edinei Lima. Rasca acrescentou que, seguindo o princípio da precaução, o órgão caracterizou a substância como perigosa e orientou todos os procedimentos como tal.

Questionado sobre possíveis danos ambientais, o engenheiro disse acreditar que o produto não deve trazer grandes prejuízos à flora e à fauna existentes no Rio Iguaçu. Porém, a existência de danos também só será inteiramente descartada depois que forem concluídas as análises sobre o tipo do produto e feitas vistorias.

De acordo com a diretora de Meio Ambiente da Sanepar, Maria Arlete Rosa, a presença do produto no Rio Iguaçu não vai interferir no abastecimento das cidades que dependem da estação, já que a água captada não é proveniente do Rio Iguaçu, mas sim das barragens dos rios Iraí e Piraquara. ?Mas por precaução, tomamos a iniciativa de conter e retirar o produto, mesmo sem termos responsabilidade sobre o vazamento?, esclareceu a diretora. A empresa irá destinar a substância recolhida a uma empresa privada, licenciada para a atividade e constantemente monitorada pelo IAP.

Depois da conclusão do laudo que irá apontar origem, composição e volume de produto derramado, o responsável será autuado conforme determina a legislação ambiental. A Sanepar informou que além da autuação também vai acionar o responsável e pedir o ressarcimento dos custos dos trabalhos executados para conter e retirar o produto.

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