Vacinação contra a rubéola segue até sábado no Paraná

O secretário da Saúde, Gilberto Martin, fez nesta quarta-feira (10) um balanço da campanha de vacinação contra a rubéola e apelou para que a população que ainda não se vacinou procure um posto de vacina.

De acordo com ele, o Paraná ainda não atingiu o índice de 95% de cobertura vacinal. O Estado é o 2º do Sul do país em número de vacinados. Até agora, dos 3,5 milhões de paranaenses – com idade entre 20 e 39 anos – 2,4 milhões foram vacinados. Isso representa 71% da população nesta faixa etária.

O secretário também anunciou que a campanha, que terminaria nesta sexta-feira (12), será estendida até o sábado (13), onde os postos de saúde ficarão abertos para receber a população que ainda não tomou a vacina.

Gilberto Martin também destacou que, mesmo quem já tomou a vacina anteriormente, que não durante esta campanha, e até mesmo quem já teve a doença, deve ser vacinado independentemente destes fatores.

“A nossa preocupação é sempre em atingir a maior quantidade possível de pessoas. Quanto maior o número de vacinados, menor a possibilidade de circulação do vírus”, explica Martin. A grande preocupação é com a Síndrome da Rubéola Congênita, que ocorre quando uma gestante adquire a doença e as seqüelas para o bebê podem ser terríveis e se arrastarem durante toda a vida.

“A SRC causa deficiências que temos como evitar através da vacinação. Ninguém que luta por cidadania plena deve ignorar uma campanha dessa importância. A Secretaria de Saúde e o Governo do Estado estão de parabéns por essa ação” ressalta Rubens Leonart, presidente da Associação Santa Terezinha – mantenedora do Centro de Treinamento e Reabilitação da Audição.

Leonart, que tem no seu centro alunos com problemas auditivos e visuais, lembrou que a síndrome da rubéola congênita pode causar ambas as deficiências. “Como socializar uma pessoa que não ouve e não vê? Apenas pelo tato”, lembra.

A SRC causa danos irreversíveis no feto, que poderá se desenvolver com diversas má formações, tais como: catarata, glaucoma, surdez, autismo, cardiopatias, baixo peso e diversos tipos de deficiências que se acumulam durante a vida toda.

Em 1983, ocorreu um caso que chamou a atenção dos profissionais da Associação. Uma gestante teve gêmeos com síndrome de rubéola congênita. Segundo Leonart, um deles morreu este ano, com 18 anos, vítima de complicações cardíacas.

Campanha

Em 2008, já foram notificados 14 casos confirmados de rubéola. Até o momento, 68% da população masculina e 74% de mulheres.

“A faixa etária (20 a 39 anos) masculina nunca teve uma demanda por vacina. No caso da mulher, até pelos cuidados com a saúde dos filhos, ela acaba demonstrando mais solidariedade nessa ação” ressalta Gilberto Martin.

Os índices menores de vacinação encontram-se concentrados em municípios de grande porte populacional. Em Londrina, Maringá e Ponta Grossa, o percentual médio é de 60%.

A orientação nesse caso é buscar focos de concentração de pessoas, o que já vem sendo feito pelas secretarias municipais de saúde, como por exemplo, universidades, centros comerciais, entre outros locais de concentração.