Cerca de 5% dos eleitores que participaram da simulação da eleição biométrica em Curitiba, no sábado, não tiveram suas impressões digitais reconhecidas pelo novo sistema de votação. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), 1.563 (26%) dos 5.903 eleitores convocados compareceram às urnas de 20 seções eleitorais. Apenas 78 eleitores tiveram que ser habilitados manualmente para votar.

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“Não pegou nenhum dedo, mesmo depois de diversas tentativas. É bom para combater fraudes, mas para a gente pode ser complicado”, disse a dona de casa Ziloa Wolkan, 69. O economista Otávio de Sá, 50, também teve dificuldades. “Acho que assim pode criar mais filas, mas é mais seguro que o procedimento anterior”, avalia.

De acordo com o presidente do TRE, desembargador Rogério Kanayama, a demora no reconhecimento é prevista, mas não é preciso preocupação. Para isso os mesários foram orientados a fazer seis tentativas de identificação com os dois dedos polegares e indicadores, por três vezes cada um. Ele ressalta ainda que é preciso que os eleitores compareçam às suas seções com o título eleitoral. “Se a leitura biométrica não for possível, o voto será feito com o documento tradicional”, explicou.

Para Kanayama, a iniciativa foi satisfatória e o comparecimento dos eleitores ficou dentro do esperado. A seleção dos eleitores foi realizada para contemplar públicos variados, com todas as idades, escolaridades e condições socioeconômicas. A partir da simulação, será criado um relatório e uma estratégia para evitar que problemas aconteçam durante a votação em outubro.

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