Urbs implementa novo cartão de EstaR

A implantação do novo cartão do Estacionamento Regulamentado (EstaR) em Curitiba aconteceu de maneira tranqüila. Ontem foi o primeiro dia de vendas do cartão estilo raspadinha. A partir de agora, o motorista vai raspar os campos correspondentes ao ano, mês, dia, hora e minuto. A caneta servirá apenas para escrever a placa do veículo, no espaço destinado a isso. Quem possui os cartões antigos, que são preenchidos totalmente com caneta, poderá utilizá-los normalmente até o dia 29 de fevereiro.

Como confirmou o coordenador do EstaR, da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), Pedro Rosso, não houve problemas no primeiro dia de mudança. ?O pessoal está inclusive elogiando. Além de mais simpático na aparência, o cartão é mais seguro. Já estava a hora de o cartão do EstaR ser modernizado?, afirma. Segundo ele, a alteração do cartão foi motivada pelo grande número de fraudes. As principais eram a reutilização, através do uso de caneta cuja tinta pode ser apagada, e até a lavagem (com álcool, éter ou acetona). ?A nova forma é mais complicada de ser fraudada?, comenta.

Fábio Alexandre
Nei: ?Precisa da caneta?.

Ontem, no momento da compra, os agentes da Diretran orientaram os motoristas sobre como funciona o novo sistema. O militar Hostílio Dias de Oliveira Júnior não viu problemas com o novo cartão. ?Acho que o sistema raspadinha ajuda no preenchimento?, conta. A vendedora Carla Saquetti também achou o cartão-raspadinha mais fácil do que o anterior. ?É só colocar a placa, o que deixa bem mais fácil?, ressalta.

Já para o biólogo Ederson de Oliveira, o novo cartão não traz vantagens. ?Você usa a caneta do mesmo jeito. Se marcar errado, o que pode acontecer com qualquer um, não dá para voltar atrás. Acredito que não seria necessário fazer essa mudança?, comenta. ?O novo cartão é mais rápido de preencher, mas ainda é preciso usar a caneta para colocar a placa. Seria melhor se tivesse uma alternativa especificamente para isso?, opina o assessor Nei da Silva.

Fábio Alexandre
Ederson: ?Desnecessário?.

O valor do EstaR – R$ 1 – está impresso no novo cartão. Segundo a Urbs, isso ajudaria a coibir a ação de cuidadores de carro que também vendem o cartão do EstaR, mas por um preço muito superior. ?Eu paguei R$ 2 por um cartão novo, com a raspadinha, que comprei de um flanelinha. Isso é um absurdo. Só comprei porque não havia qualquer agente de trânsito por perto. Não tem como comprar de outro. E, se não compra, ainda corre o risco de ter o carro danificado. Talvez seria melhor aumentar a fiscalização?, avalia Ederson de Oliveira.

De acordo com o coordenador do EstaR, esse problema deve ser resolvido ainda este ano. ?Queremos resolver isso. Seja através de licitação ou de outra forma pretendemos transferir a venda e aumentar o número de pontos de venda. A necessidade dessa terceirização é outro motivo da mudança no cartão?, garante Rosso. Quanto à cobrança dos ?flanelinhas?, ele diz que é difícil de ser combatida.

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