Universidades recebem mais estrangeiros

Visitando uma universidade em Curitiba não é raro encontrar um estudante que não seja brasileiro. Recentemente, o número de estrangeiros que vêm ao Brasil estudar tem aumentado significativamente, assim como o ingresso de brasileiros em universidades fora do País também já é significativo.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, conta com trezentos alunos estrangeiros, vindos de universidades e institutos de pesquisa de vários países. “Temos 84 acordos de cooperação. Além disso, estudantes da África e da América Latina vêm até aqui através do Ministério de Relações Exteriores”, explicou o assessor de Relações Internacionais da UFPR, Antonio Carlos Gondin. Ele contou que existem duas modalidades de estudantes que chegam ao Brasil. Uma delas é composta por aqueles que fazem o curso completo, vindo na maioria das vezes através do governo federal. “Existe a graduação sanduíche, quando o aluno vai até um outro país e fica um ano, mas retorna para concluir a graduação em seu país de origem”, explicou.

Para conseguir estudar fora do Brasil, o aluno precisa ter um conhecimento prévio da língua do país para onde vai e um bom desempenho acadêmico. “O aluno pode pagar a viagem do seu bolso ou conseguir uma bolsa junto a uma agência do Ministério da Educação ou de Ciência e Tecnologia”, contou. Os alunos vindos para a Federal normalmente são europeus, dos Estados Unidos, Canadá e Japão. “O aluno que faz um intercâmbio aprimora sua formação e ganha experiência internacional”, destacou.

Boa experiência

Para a estudante de Engenharia Mecânica na UFPR, Clarissa Growoski Féder, 23 anos, a experiência de um ano na França foi muito válida. “Fiquei seis meses na universidade e depois mais seis fazendo estágio remunerado. É uma experiência que todo mundo deveria fazer, não só pelo ensino, mas pelo convívio com pessoas de vários lugares”, contou.

Já Eloysa de Paula, 26 anos, estudante de Odontologia da UFPR, está gostando muito do ensino brasileiro. Ela é angolana e está há um ano e meio no Brasil. “Minha irmã estudou no Rio de Janeiro, por isso já conhecia o Brasil, mas não Curitiba. Estou gostando da UFPR”, disse.

Voltar ao topo