Uniandrade denunciada na DRT

Uma série de denúncias contra o Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade), de Curitiba, foi apresentada ontem, às 9h, ao delegado regional do Trabalho do Paraná, Geraldo Serathiuk. Um documento, apontando várias irregularidades que teriam sido cometidas pela instituição no pagamento de professores, foi entregue por integrantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

De acordo com o segundo vice-presidente da regional Sul do sindicato, João Negrão Francisco Ricardo Kastner, desde outubro do ano passado a instituição está atrasando o pagamento dos salários de alguns de seus professores, pagando-os com cheques pré-datados e não registrando o número real de horas-aulas nas carteiras de trabalho.

“Muitos profissionais estão cumprindo um número excessivo de horas-aulas e não as tem registradas em carteira”, diz João. “Devido a isso, não sobra tempo para que eles se dediquem à pesquisa e extensão. Estão trabalhando em condições bastante ruins e se mostrando desanimados.”

A insatisfação dos professores já estaria se refletindo sobre os alunos. “Pelo que sabemos, alguns professores, isoladamente, estão começando a se recusar a cumprir algumas horas de aula até que a situação da instituição se regularize”, afirma. “Isso prejudica bastante os estudantes, que acabam não tendo um ensino de qualidade.”

O sindicato espera que a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) adote ações de fiscalização e contribua para que a situação se resolva.

Uniandrade

A Assessoria de Imprensa do centro universitário negou que as acusações feitas pelo sindicato sejam verdadeiras. “Estas acusações têm como objetivo apenas denegrir a imagem da instituição. Se formos procurados pela DRT, iremos acionar o nosso departamento jurídico e processar o sindicato”, ameaçou.

A instituição também questionou a legitimidade do sindicato em defender os direitos de funcionários de instituições de ensino superior particulares.

Mães de alunos acusam diretor do Estadual

Elizangela Wroniski

Duas mães de alunos acusam o diretor do Colégio Estadual do Paraná, Wilson Roberto de Paula Souza, de não cumprir o estatuto da instituição. Os pais não teriam sido avisados pelo colégio que os filhos estavam sendo encaminhados para a Delegacia da Infância e da Juventude por suposto envolvimento com drogas. Wilson defende-se afirmando que os policiais da Divisão de Narcóticos estavam conduzindo a situação, sendo responsabilidade deles avisar os pais. A Secretaria Estadual de Educação está realizando uma sindicância para apurar o caso.

O diretor explica que quando assumiu a direção, no início do ano, foi procurado por vários pais preocupados com um possível esquema de tráfico de drogas dentro da instituição. Wilson encaminhou um documento à Divisão de Narcóticos (Dinarc) pedindo para que a situação fosse investigada. O Dinarc acabou autuando seis alunos supostamente envolvidos, os quatro meninos maiores de idade foram encaminhados à Delegacia de Narcotráfico e os dois menores para a Delegacia da Infância e da Juventude. A ação teria ocorrido por volta das 10h e as mães só teriam sido avisadas entre 12h20 e 12h30, quando os menores já estavam na delegacia. No depoimento ao advogado Adriano Parise, eles afirmam que o diretor não teria deixado que ligassem para os pais.

As mães dos menores M.A.M.C e D.H.R. procuraram Parise e entraram no 1.º Distrito Policial (DP) com uma representação por denunciação caluniosa contra o diretor. Segundo o advogado, o exame toxicólogico dos menores deu negativo. Ele também explica que o diretor não cumpriu o estatuto do colégio e nem a obrigação moral de avisar os pais para que acompanhassem os fatos.

Mas Wilson argumenta que toda a investigação estava sendo realizada pelo Dinarc e ele não poderia intervir. Segundo o delegado responsável pelo Dinarc, Luiz Antônio Zavattaro, o procedimento dos policiais foi correto e não houve nenhuma infração ao Estatuto da Criança e Adolescente.

O advogado também entrou em 3 de abril com uma representação na Secretária Estadual de Educação pedindo uma sindicância. Segundo a chefe do Núcleo Regional de Educação de Curitiba, Sheila Marize Toledo Pereira, a conclusão da investigação deve ficar pronta nos próximos dias.

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