No fio da navalha

UFPR tenta última cartada para salvar funcionários do HC

Em dez dias, a Justiça do Trabalho deve se manifestar sobre os pedidos apresentados pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest) para rever a decisão sobre a demissão de 916 funcionários do Hospital de Clínicas (HC) vinculados à Fundação da UFPR (Funpar).

Em audiência realizada ontem, no Ministério Público do Trabalho, a UFPR entregou uma petição ao juiz da 1.ª Vara do Trabalho, Sandro Augusto de Souza, demonstrando que desde 2007, quando um acordo foi homologado, desligou parte significativa dos 1.390 trabalhadores que estavam em atividade. “Parte foi remanejada, parte se aposentou e outros pediram demissão, mas o fato é que houve um esforço a custa da sobrecarga do quadro atual e do comprometimento do funcionamento do HC para se cumprir o acordo”, explica o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho.

O objetivo da petição é sensibilizar o juiz para manter os servidores até a extinção do quadro. “Não podemos prescindir dessa força de trabalho e também não queremos prorrogação de prazo e, sim, um solução definitiva”, defende Sobrinho.

Na visão do reitor, a UFPR fez o que era possível, mas a substituição dos funcionários depende da realização de concurso pelo Ministério da Educação (MEC). “Hoje o hospital disponibiliza 411 leitos pela falta de funcionários. Sem essa limitação, poderia dispor de 600 leitos, mas seriam necessários outros 1,7 mil profissionais”, estima.

Suspensão

O Sinditest posicionou-se contrário à proposta apresentada pela UFPR. De acordo com o sindicato, essa proposta apenas libera a universidade da responsabilidade sobre a situação dos servidores da Funpar, mas não resolve o imbróglio dos contratos e da possível demissão.

Antes da petição, o Sinditest havia solicitado que a determinação das demissões fosse suspensa por 180 dias, para que se viabilizasse uma proposta de estabilidade efetiva do quadro. O juiz determinou um prazo de dez dias para decidir sobre as propostas e pediu que o indicativo de greve para o dia 10 de abril seja adiado.

Embora o Sinditest tenha se manifestado favorável ao adiamento do indicativo de greve, a decisão final será tomada em assembleia na segunda-feira, às 10h.

Colaborou: Carolina Pompeo

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