Há um ano, a previsão era que até o fim de 2008 a cidade de Paranaguá já estivesse recebendo recursos do governo federal para reestruturar o turismo, com a finalidade de atingir níveis internacionais de qualidade até 2010.
Mas isso não ocorreu. A cidade faz parte de um grupo de 65 municípios considerados como destinos indutores de turismo regional, beneficiados pelo Plano Nacional de Turismo, do Ministério do Turismo (MTur).
Para receber o dinheiro, é preciso apresentar projetos. Porém, ainda não há nenhuma perspectiva em vista para o município ser beneficiado pelos recursos do programa.
Em reportagem publicada em novembro do ano passado em O Estado, o então presidente da Fundação Municipal de Turismo, Rafael Guttierres Júnior, afirmava que até o fim deste ano a cidade já deveria estar sendo beneficiada pelo programa.
Seriam realizadas melhorias desde a infra-estrutura até saneamento (no que está incluída a Ilha do Mel), capacitação de trabalhadores, além do restauro dos casarios e atrativos históricos.
Mas as promessas não caminharam tão rápido como previsto. Passado um ano, Paranaguá ainda não tem qualquer projeto para ser apresentado. O atual presidente da fundação, José Luiz Gonçalves, explica os motivos.
Segundo ele, o MTur, juntamente com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), fez um levantamento sobre o potencial turístico dos 65 destinos, levantando os pontos fortes e fracos. Essas orientações devem servir de base para a criação de projetos que efetivamente contribuam para o desenvolvimento da atividade nestas regiões.
Mas foi somente há dois meses, em setembro, que essas informações foram repassadas à prefeitura de Paranaguá. Dessa forma, vai ficar para a próxima gestão a responsabilidade de criar projetos para obter recursos do governo federal.
Adianto
Sabendo que a cidade seria contemplada pela iniciativa do MTur, a administração poderia ter se adiantado na elaboração de estudos para resolver problemas que não dependiam da análise do ministério, como é o caso do restauro de casarões antigos. Quanto mais cedo os recursos fossem solicitados, mais rápido as obras de melhorias poderiam começar.
Mas José Luiz Gonçalves explica que a atual administração teve de focar os esforços para resolver problemas estruturais básicos da cidade, como a enorme quantidade de ruas esburacadas e o problema da coleta de lixo.
Diz também que algumas ações já vêm sendo desenvolvidas junto ao governo federal, como a sinalização e reconstrução do receptivo na localidade de Brasília, na Ilha do Mel; reforma e ampliação de um centro de apoio ao turista; melhoria do acesso à Ilha dos Valadares; conclusão do novo mercado do peixe e revitalização do entorno do mercado municipal. Estão sendo investidos cerca de R$ 1,5 milhão nestas obras.