Troca de árvores no Passeio Público

Os freqüentadores do Passeio Público em Curitiba estão preocupados com o corte de árvores no local. Os pedaços de troncos espalhados pelo parque mostram que grande quantidade foi derrubada. No entanto, o diretor de controle ambiental da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alfredo Trindade, explica que foi realizado um estudo e estão sendo eliminadas apenas as que apresentam problemas. Até o fim do ano, cem delas devem ser retiradas do local. Novas espécies vão ser plantadas.

Desde abril, a bióloga Márcia Pesch vem sentindo a falta das árvores. Ela mora em frente ao Passeio Público e afirma que antigamente não conseguia vislumbrar a outra parte do parque devido a arborização. “Agora consigo ver até o os ônibus biarticulados do outro lado”, compara. Márcia fala que observou algumas árvores cortadas e verificou que não havia sinais de problema. “O caule estava bem vermelho e não estavam ocas”, contesta. A bióloga também está preocupada porque não viu qualquer espécie sendo plantada no lugar. W.F.R., que não quis se identificar, vai até o parque três vezes por semana para caminhar. Ele também sentiu a falta das árvores. “Se continuar nesse ritmo, elas vão acabar. É só caminhar por aqui para ver a grande quantidade que já foi derrubada. É um grande prejuízo para o meio ambiente”, ressalta.

No entanto, Trindade diz que as árvores do parque começaram a ser plantadas no fim do século XIX e algumas apresentam problemas: estão mortas, doentes, danificadas ou oferecem riscos aos visitantes. “O estudo foi elaborado por engenheiros agrônomos e florestais”, explica. Na lista das que vão ser derrubadas não há nenhuma árvore centenária. Elas variam entre cinco e 60 centímetros de diâmetro.

Segundo Trindade, a população não precisa ficar preocupada porque o parque vai ganhar mais 200 exemplares. O corte das que apresentam problemas vai durar até o fim do ano e depois começa o replantio com espécies nativas.

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