Trânsito violento próximo a escola amedronta alunos

Pais e integrantes da ONG Projeto Não-Violência fizeram ontem um trabalho de conscientização para os motoristas que passam em alta velocidade em frente ao Colégio Estadual Ermelino de Leão, no Boa Vista, na capital. Segundo o diretor da escola, João Adilto Marentovich, nos últimos dois anos ocorreram três acidentes. Para resolver a situação, esperam que a Prefeitura instale uma lombada eletrônica no local.

O diretor conta que os problemas começaram em 1998, quando a via foi reformada. “Agora a pista mais parece uma via rápida, tem gente que anda a 80 quilômetros por hora” reclama. De acordo com ele, a prefeitura já estudou o fluxo de veículos no local, mas chegou à conclusão de que a lombada não era necessária. “É só vir aqui no horário das crianças saírem da escola para ver a velocidade em que passam os carros”, questiona Lindair Garcia, integrante da ONG.

Os representantes da ONG explicam que conscientizar os motoristas foi a maneira pacífica que encontraram para pedir providencias, mas ameaçam com uma ação drástica. “Esta semana a gente vai fazer este trabalho, se não der resultado vamos fechar a rua”, afirma Lindair. O diretor fala que apesar da via atender a legislação, se estreitando em frente à escola e com sinal luminoso de atenção, os motoristas não costumam respeitar. Lindair lembra que uma vez uma mulher atropelou uma criança porque estava correndo para buscar a filha em outra escola. “Ela disse que não viu a sinalização”, conta.

Peterson Vinícius Soraes Bueno Correia, 11 anos, diz que tem medo de atravessar a rua quando sai da escola. “Os carros passam muito rápido. Fica difícil atravessar a rua, se tivesse um sinal seria menos perigoso”. Renato Luís Larves, 11 anos, partilha a mesma opinião e faz um pedido. “Baixem a velocidade, deixem as crianças passarem. Vocês também têm filhos”.

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