Trabalho infantil é retratado por alunos

?A criança tem que estar na escola, pois tem muito que aprender. Quando está no trabalho, aprende apenas assuntos de adulto e pula uma fase da vida.? A afirmação é do aluno da 7.ª série do Colégio Marista/Santa Maria Gustavo Schmid Queiroz, que foi quem produziu um dos mil trabalhos que estão expostos no Serviço Social do Comércio (Sesc) da Esquina, em Curitiba, e fazem parte do projeto Crescer Feliz – Diga Não ao Trabalho Infantil.

A iniciativa do Núcleo Trabalho, Justiça e Cidadania do Paraná (Núcleo TJC-PR), com coordenação da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9.ª Região (Amatra IX), mobilizou 1,1 mil alunos de 5.ª a 8.ª séries de 199 escolas públicas e particulares do Paraná. De acordo com o juiz do Trabalho e diretor da Amatra IX, Márcio Dionísio Gapski, o desafio lançado para os alunos era produzir cartazes que promovessem uma reflexão do trabalho infantil. ?E o resultado foi surpreendente. Os alunos nos retornaram com trabalhos de excelente qualidade?, ponderou.

Além da exposição dos trabalhos, que ficam até final deste mês no Sesc da Esquina, diversas produções serão selecionadas e transformadas em outdoors, mobiliários urbanos e baners que serão enviados para entidades sociais. De acordo com o presidente da Amatra IX, juiz José Mário Kohler, o projeto terá novas edições. Ele acrescenta que a escolha do tema deste ano foi recorrente em função da realidade encontrada no Paraná. Em 2006 foram identificadas 2.136 crianças e adolescentes trabalhando ilegalmente no Estado. O aluno da 4.ª série do Colégio Estadual Professor Cleto, Douglas Henrique Javorski Pereira, que teve dois trabalhos selecionados para o projeto, afirma que aprendeu muito com o projeto. ?Aprendi que trabalho, para criança, só mesmo em sala de aula?, disse. 

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