Trabalhadores terceirizados de órgãos públicos sem salários

Os trabalhadores contratados pela EBV – Empresa Brasileira de Vigilantes Ltda. – que faziam serviços terceirizados de limpeza para a Prefeitura de Curitiba e para alguns postos de saúde do governo do Estado, estão sem receber os salários do mês de dezembro, mais benefícios. Além disso, os contratos com os dois órgãos terminaram e os trabalhadores aguardam também o pagamento da rescisão.

Segundo a diretora do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco), Amélia Rodrigues, desde meados de 2007 a empresa já vinha atrasando o pagamento dos salários dos funcionários. O 13.º salário também foi depositado depois do prazo estabelecido pela legislação trabalhista e os salários de dezembro ainda não foram pagos. Amélia diz que o problema atinge cerca de 500 trabalhadores.

Para garantir os direitos dos funcionários, o sindicato entrou na Justiça do Trabalho com uma medida cautelar pedindo que os valores que a empresa ainda tenha a receber desses dois órgãos sejam depositados em juízo. Amélia diz que a EBV já se comprometeu em enviar a documentação dos funcionários para o Siemaco, que vai repassar à Justiça para o pagamento. Ela acredita que o problema seja solucionado ainda este mês.

Segundo informações da Prefeitura de Curitiba, o contrato com a EBV poderia ser renovado por mais cinco anos, mas diante dos problemas a Prefeitura decidiu rescindi-lo e já fez licitação para contratar outra empresa. A Tecnolimpe vai assumir a limpeza dos Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis). A Prefeitura está fazendo licitação para contratar outra empresa para os serviços de limpeza na Secretaria Municipal de Abastecimento e Meio Ambiente, que também eram de responsabilidade da EBV. Segundo a sindicalista, parte dos funcionários demitidos já foi contratada pela nova empresa e a tendência é que as outras empresas também façam o mesmo.

A Secretaria de Estado da Saúde não enviou resposta sobre a reposição dos funcionários. Eles atuam em locais como o Centro Regional de Especialidades e no Hospital do Trabalhador. A reportagem de O Estado entrou em contato com a EBV, que tem sede em Florianópolis, mas o advogado que poderia falar pela empresa estava viajando.

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