Totobola gera novas apreensões

Policiais do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) passaram a tarde de ontem apreendendo documentos na sede da empresa Kolmac, responsável pela loteria Totobola, suspensa por suspeita de fraude desde o dia 20. Ao todo foram confiscados 20 quilos de material para ser analisados. O delegado que conduz as investigações no Paraná, Sérgio Sirino, também trocou informações com a Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Sul (RS), que apura o caso naquele estado. Sete policiais do Nurce passaram a tarde de ontem vasculhando documentos em todos os setores da empresa. Segundo Sirino, dois fatos chamaram a atenção. As contas telefônicas da Kolmac não foram encontradas e, segundo funcionários, estariam em Minas Gerais, estado onde o Totobola também atua. Além disso, até agora sabia-se que a Kolmac era a responsável pela loteria, mas foram encontrados documentos de outras duas empresas: a Kolbo, suspeita de ser a encarregada da distribuição das cartelas, e a Cabal, responsável pelo marketing. “Isso significa que a relação entre os estados em que existe o Totobola pode ser mais próxima que imaginávamos”, disse Sirino.

Os policiais também estranharam o fato de a casa onde funcionava a sede da empresa não ter nenhuma identificação. Na fachada, chapas de metal ocultavam a empresa e havia várias câmeras instaladas, além de um circuito interno de TV e cercas eletrificadas. No entanto, o endereço é divulgado no site do Totobola, para que ganhadores que tenham perdido o sorteio recebam o prêmio atrasado. “Como é um endereço público, estranhamos não haver identificação”, comentou o delegado.

Na quinta-feira, a Polícia Civil também esteve no local a pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Foram levados computadores e lacrada uma sala contendo cartelas antigas do Totobola. As investigações das duas polícias trabalham em linhas diferentes, mas segundo o delegado Sirino, o Nurce está em contato com a Polícia Federal para conseguir informações.

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