TOQUE DE LETRA – Tricolores mereciam melhor sorte

Detalhes

No estádio ou pela televisão, não importa. Ainda houve quem tentasse contemporizar, jogando as culpas para um ponto mais distante, a derrota da semana anterior, em São Paulo. Mas não foi bem assim. Não foi nos 3×1 do Pacaembu que o Paraná Clube deixou a classificação para a semifinal da Copa do Brasil. Foi justamente aqui, no Alto da Glória, quando não teve a capacidade (ou a sorte, entenda lá como quiser) de chegar ao segundo gol que tanto procurou.

E como procurou. Foi uma partida empolgante, disputadíssima, com uma primeira chance cristalina para o Corinthians e dali em diante só ações ofensivas do Paraná Clube. Um golaço de Marquinhos, duas bolas na trave e a vitória mais ampla escapando a cada lance. Aquela jogada do Adriano Chuva, então, foi de arrepiar. Ele chega na frente de Dida e ganha de cabeça. Toca para o gol e já se embala para comemorar, enquanto a bola, caprichosamente, choca-se contra a trave e volta para os braços do goleiro, enquanto Adriano, desengonçado, tenta se reequilibrar para recuperar a trajetória e interceptar o lance. Tinha tanta certeza do gol que sequer aguardou a definição da jogada. Se o tivesse feito seria dele o rebote e aí sim poderia festejar à vontade – como o fez Ronaldo, dia desses, no gol que marcou pela Inter contra o Brescia, também em rebote da trave.

Foi pena, pois os tricolores até que mereceriam melhor sorte. Mas nunca com a irritante repetição de cruzamentos altos para a área corintiana, onde havia um goleiro de dois metros e dois zagueiros quase da mesma estatura. Bola de fundo que é bom, nada. E o Corinthians, preocupado e com um jogador a menos, tratou, sim, de rifar a bola, torcendo para o tempo passar depressa.

Foi por um detalhe – comentou o diretor Ocimar Bolicenho. Como por um detalhe havia saído aquele gol de Adriano Chuva, impedindo a vitória corintiana por três gols e a virtual classificação já no primeiro jogo.

Entusiasmo

Preocupante o entusiasmo da imprensa nacional com a exibição da seleção brasileira em Portugal. Já houve quem falasse em candidato ao título e coisas assim. Calma, pessoal! Ainda estamos muito longe do que se poderia considerar razoável. É que a coisa andava tão preta até então, que qualquer jogadinha de melhor efeito já causa frissom e arrepios.

Com Romário teria sido diferente?

Caixão

Agora sim, o campeonato do Rio de Janeiro está do jeito que os cariocas gostam. Todos os clubes vão poder se dedicar inteiramente à competição armada por Caixa D’Água, Eurico Miranda & Cia. Não sobrou nenhum time de lá para contar história na Copa do Brasil nem no Rio-São Paulo (que agora se chama Ri São Paulo). O Vasco bem que escapou do CSA no “tapetão”, mas o Fluminense não teve como se livrar da fúria do Brasiliense. Caiu no Maracanã, depois de vestir-se de favoritíssimo, como já houvera feito na partida de Brasília.

E ainda ficam ditando regras e palpites na seleção brasileira…

Voltar ao topo