Telefônicos contestam dados da Brasil Telecom

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Instalações Telefônicas do Estado do Paraná está contestando as informações da Brasil Telecom sobre a instalação e manutenção de telefones públicos. Em matéria publicada na edição de ontem de O Estado, a empresa afirmou que possui 66.244 telefones públicos instalados no Paraná, e, só em dezembro, mais de 2.300 equipamentos foram alvo de vandalismo. O sindicato garante que esses telefones foram retirados dos pontos por ordem da empresa.

De acordo com o presidente do sindicato, Osmar Cruz, a Brasil Telecom suspendeu, em 15 de novembro do ano passado, o contrato com as empresas Pampa e Koerich, que realizavam de forma terceirizada a manutenção dos aparelhos públicos. Além disso, afirma Cruz, a empresa teria suspendido o contrato com outras empresas fornecedoras de componentes, e, portanto, os aparelhos não estavam sendo recuperados e colocados novamente em operação. “O povo está sendo enganado, pois não existe esse número de aparelhos públicos em funcionamento”, disse o sindicalista.

Retomada

A Brasil Telecom informou, através da sua assessoria de imprensa, que não suspendeu o contrato com as empresas, e que apenas assumiu com mão-de-obra própria os serviços feitos pelas terceirizadas. A medida teria sido tomada somente para avaliar se a empresa possuía condições próprias de realizar os trabalhos. Mas, segundo a assessoria, como o número de casos de vandalismo saltou de 1.639 em outubro, para 2.239 em dezembro, a Brasil Telecom verificou ser impossível manter os serviços sem o apoio dos funcionários terceirizados, e irá retomar as atividades.

Quanto rompimento com empresas fornecedoras de equipamentos, a empresa informou que não é verdade. De acordo com a Brasil Telecom, as empresas contratadas para a manutenção também são responsáveis pelo fornecimento dos componentes. A empresa ainda declarou que os telefones públicos representam uma fonte bastante rentável para ela, não só com a venda de cartões, mas também pelo tráfego telefônico. E completa que, prova disso, mantém uma média de 7,05 telefones públicos para cada mil habitantes, enquanto a meta estabelecida para a concessão é de três aparelhos para a mesma população.

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