Técnicos discutem ações do Mutirão Metropolitano

O secretário especial para Assuntos da Região Metropolitana, Edson Strapasson, informou que os fóruns regionais a serem instalados nos 26 municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) serão iniciados na última semana de novembro. A informação foi prestada durante reunião com os representantes das secretarias vinculadas, e as entidades não-governamentais que participam do Programa Mutirão Metropolitano, na quinta-feira.

Segundo Strapasson, a meta é “estabelecer um diálogo para que o Estado esteja sintonizado com o sonho do cidadão”. Ele acredita que desta maneira será possível superar as dificuldades de articulações e estabelecer uma estratégia de enfrentamento dos problemas da região. Strapasson defende a união dos municípios a partir de proximidades geográficas e similaridades econômicas e sociais e a discussão, pelo sistema de mutirão, da elaboração de propostas e soluções para a RMC.

Strapasson e o presidente da Comec (Coordenação da Região Metropolitana), Alcidino Bittencourt Pereira, estão integrando as ações governamentais às iniciativas privadas em busca de abrir espaço para que os prefeitos tenham, através das comunidades civis organizadas, uma maior participação nas decisões dos investimentos.

Strapasson aposta na integração dos programas de governo estadual, federal e das prefeituras para dar soluções às dificuldades específicas de cada região criadas com o crescimento das cidades da RMC e gerando a ocupação desordenada. Para tanto serão criados os Fóruns Norte, Sul, Leste e Oeste.

O número de ocupações irregulares em 1997, segundo dados da Comec, era de 89.569 unidades, sendo a maior concentração em Curitiba, onde existem mais de 58.530 unidades. Em seguida vem Colombo, com 6.274 unidades e Almirante Tamandaré, com 5.321 unidades. O município de Curitiba tem 971,12 hectares de áreas ocupadas, seguida de Piraquara, com 270,64 hectares, Colombo, com 149,34 hectares, e Almirante Tamandaré com 140,59 hectares. Atualmente as três maiores ocupações da região estão localizadas no Guarituba, com 6.355 unidades, em Piraquara. Há ainda o Jardim Alegria, em São José dos Pinhais, com 1. 200 unidades, e a Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, com 1.790 unidades.

Desemprego e pobreza

Segundo Strapasson, um dos maiores problemas a ser enfrentado é a falta de instrumentos jurídicos que permitam viabilizar os recursos necessários para a implantação de uma política habitacional contínua e eficaz. O secretário lembra ainda que existem outros problemas na RMC, como o desemprego, a pobreza, dificuldades na área do transporte coletivo integrado, além de ocupações irregulares de áreas de mananciais. E ainda obras de pavimentação, melhoria nas escolas, construção de viadutos, trincheiras, qualificação profissional e inclusão digital.

A Região Metropolitana de Curitiba, atualmente composta por 26 municípios, de acordo com dado do Censo 2000 possui uma população de 2.768.394 habitantes e concentra em sua área urbana 91,18 % da população total. É na RMC que vivem 32,41% da população total do Estado do Paraná, 9.563.458 habitantes.

Dados do Ipardes, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Social e Econômico, que utiliza renda familiar per capita de até meio salário mínimo para critérios de definição de pobreza, mostra que a RMC é a que apresenta a maior taxa de pobreza, entre os estados do Sul, com 13,1%. Para tentar resolver os problemas da RMC, o governo do Estado lançou o Programa Mutirão Metropolitano.

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