Técnico-administrativos da UFPR fazem ato

Servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizaram um ato público, na manhã de ontem, para marcar os 50 dias de greve sem perspectiva de negociações com o governo. Com uma enorme lona preta, os funcionários lacraram simbolicamente o prédio central da universidade, na Praça Santos Andrade, para alertar à sociedade que se o governo não negociar, não haverá matrícula nem vestibular.

De acordo com Bernardo Pilotto, do comando local de greve dos técnicos administrativos, prolongar mais a paralisação tem causado enorme impacto não só aos alunos e funcionários, mas também à sociedade, por causa da mudança na rotina do Hospital de Clínicas (HC). “O governo estava avisando desde março que o dia 31 de julho seria o dia D, para apresentar propostas aos servidores, mas soubemos agora que eles não querem nem negociar. A gente também quer que acabe logo”, comenta.

“Estamos cansados. Pior que não conseguir as reivindicações, é não poder lutar por elas, já que o governo não quer nem ouvir nossas reivindicações”, reclama a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest/PR), Ana Paula Coelho.

A pauta permanece a mesma. Os funcionários querem 22% de reposição salarial por causa dos reajustes inflacionários não recebidos nos dois últimos anos e uma data-base para negociação anual, acompanhando as demais categorias em greve do serviço público federal. A categoria briga também por mais investimentos em educação e pela extinção da EBSERH, empresa que privatiza o Hospital de Clínicas.

A reitoria da UFPR informa que as datas de inscrição e realização do vestibular estão mantidas e serão divulgadas posteriormente. Quanto às matrículas, só serão realizadas quando as aulas recomeçarem.

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