A previsão da cobrança de R$ 95 por mês, a partir do mês que vem, dos funcionários que usarem o novo estacionamento do Aeroporto Internacional Afonso Pena, será questionada juridicamente e administrativamente. Hoje, o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) no Paraná vai entrar com representação no Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) para que o órgão intervenha na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) sobre a determinação comunicada aos funcionários no início deste mês.

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De acordo com a advogada do Sina, Andréia Sinestri, a medida atinge cerca de 500 trabalhadores. Além do aspecto financeiro, os funcionários questionam a viabilidade do estacionamento. “O espaço é inviável. Os funcionários terão que chegar uma hora antes do expediente para estacionar. Do contrário vão atrasar como acontecia há quatro anos”, explica Andréia. Sobre o valor da mensalidade, a advogada conta que alguns dos profissionais atingidos têm salário inferior a R$ 800, o que deve comprometer a renda.

O Sindicato também tenta agendar reunião com a Superintendência da Infraero para tentar a conciliação por via administrativa. Os trabalhadores, por sua vez, ameaçam paralisar e já reuniram 350 assinaturas em abaixo-assinado que repudia a determinação.

Dica é não retirar cartão

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O Sina recomenda aos trabalhadores não se submeterem ao cadastramento para a retirada do cartão de estacionamento, até que o MPT-PR e a Superintendência da Infraero se manifestem. “São R$ 25 para a emissão do cartão que poderão ser poupados no caso de conseguirmos anular a determinação”.