Suspensa greve no HC para negociação

Funcionários da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) em atividade no Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba que iniciaram uma greve no último dia 22, devem voltar ao trabalho no início da tarde de hoje. A decisão foi tomada ontem de manhã, durante assembléia da categoria realizada no próprio hospital.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Terceiro Grau de Curitiba e Região Metropolitana (Sinditest), Antônio Néris, conta que os funcionários decidiram suspender a greve depois de a Funpar enviar um documento reconhecendo a legitimidade do movimento e estabelecendo um calendário de negociações. “A Funpar estava se mostrando totalmente alheia às reivindicações dos funcionários. Porém, hoje (ontem) de manhã, ela enviou ao sindicato um calendário de negociações. Então, não temos motivos para continuar com a paralisação”, afirmou Néris. “Enfim a direção do hospital está começando a ser sensata e se mostrando disposta a conversar com a gente.”

A primeira reunião entre representantes do Sinditest e Funpar deve acontecer hoje, às 8h30, na sede da fundação. As negociações devem se estender até o dia 7 de maio. Se até lá as partes não chegarem a um acordo, os funcionários podem retomar a greve. “Todos estão em alerta”, disse o presidente. “Caso não concordemos com o reajuste salarial proposto pela Funpar, podemos parar de trabalhar novamente.”

Os funcionários pedem reposição salarial de 18,75%, referente ao INPC de abril de 2002 a março de 2003, aumento de 26% no valor do vale-alimentação, pagamento de 100% de horas-extras e manutenção da carga horária de trabalho de 30 horas semanais. Segundo o Sinditest, 1.350 funcionários da Funpar estão em atividade no HC. Os outros trabalhadores que compõem o quadro do hospital, cerca de 2,1 mil, são funcionários públicos federais.

Do total de trabalhadores da Funpar, estima-se que 40% tenham aderido à paralisação. A maioria deles atua no período da manhã. À tarde, apenas cinqüenta pessoas deixaram de trabalhar. No turno da noite, o número foi ainda menor.

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