Surfistas recolhem uma tonelada de lixo em Guaratuba

Cerca de 70 integrantes da Associação de Surf de Guaratuba participaram de um campeonato ecológico, neste final de semana. Depois da competição no mar, eles promoveram um mutirão de limpeza na orla da praia brava, que retirou uma tonelada de lixo – entre plástico, garrafas, objetos e bitucas de cigarro encontrados na areia.

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA), por meio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), doou lixeiras que foram instaladas pelos surfistas. Integrantes do Instituto Guaju, Organização Não-Governamental (ONG) de Guaratuba também participaram da ação.

A SEMA apóia a Associação de Surf de Guaratuba, que de forma inédita no Litoral, iniciou na temporada passada um trabalho voluntário de proteção às dunas e a restinga- vegetação rasteira existente entre a rua e a areia.

Projeto de proteção voluntário

No trecho da orla que compreende a chamada ‘Praia dos Paraguaios’, eles isolaram uma área de 250 metros, onde há vegetação, instalando postes de madeira, doados pela Copel e Provopar, que foram colocados de maneira a serem utilizados também como bancos, o que acabou transformando a área em um espaço de lazer e preservação, e não mais o estacionamento de veículos. Lixeiras coloridas e placas indicando que o ecossistema é uma Área de Preservação Ambiental (APA) foram doadas pelo IAP para evitar que o lixo atinja as dunas de areia.

Márcio Odewagen, presidente da Associação de Surfe de Guaratuba e um dos idealizadores do Projeto conta que a iniciativa já está dando resultados. “A restinga estava ameaçada sobreviveu, está conseguindo respirar e vamos continuar divulgando a importância de manter a vegetação preservada. Já em relação ao lixo, é um mutirão que acontece há algum tempo. Reunimos moradores, surfistas e veranistas para fazer a limpeza e dar exemplo a quem está na praia. Agora, com o inicio da temporada pretendemos aumentar a freqüência para aumentar também a consciência das pessoas para que não deixem o lixo jogado na areia “, ponderou.

Surfista profissional e morador de Guaratuba, Filipi Augusto Correia, também está otimista com o trabalho da Associação.” Desde que começamos a coisa melhorou muito. As pessoas estão se conscientizando mais de que a limpeza da praia e a preservação da restinga é importante para o município, para o turismo e para a vida das pessoas. Está valendo a pena todo o nosso esforço”, comentou.

Já o diretor do Instituto Guaju, que também desenvolve com a SEMA o Projeto Caiçara, Fabiano Cecílio da Silva, reforça que quanto maior o número de ações, mais o meio ambiente estará equilibrado. “Todas as atividades em prol da causa ambiental terão o nosso apoio, seja no trabalho braçal ou na divulgação porque é a consciência do meio ambiente equilibrado. Taí os resuulktadosA restinga é uma vegetação natural que protege a areia para que o mar ninguém melhor que os surfistas para ensinar isso ás pessoas”, destacou.

A taxa de inscrição do 1o Campeonato de Surf Ecológico de Guaratuba foi a doação de alimentos não-perecíveis, doados para a creche Recanto Paulo VI.