Sinpropar quer criação de órgão fiscalizador

Acontece hoje, às 10h, na Boca Maldita, em Curitiba, um ato de protesto organizado pelo Sindicato dos Professores no Estado do Paraná (Sinpropar), que reúne docentes da rede privada de ensino. O Sindicato quer a criação de um órgão que fiscalize e controle os reajustes das mensalidades escolares.

Desde ontem, representantes do sindicato e professores estão na Boca Maldita coletando assinaturas para formar um abaixo-assinado que será entregue a vereadores, deputados e senadores. De acordo com o vice-presidente do sindicato, Vilson Benedito, a idéia é mobilizar a sociedade civil e exigir a criação de um órgão fiscalizador para que as escolas e faculdades privadas justifiquem os reajustes praticados. "Entendemos que o ensino, mesmo privado, é um direito de todos e o preço cobrado não pode ser abusivo, como vem sendo praticado", afirma.

De acordo com dados fornecidos pelo Sinpropar, as mensalidades dos cursos de terceiro grau subiram 103,5% nos últimos cinco anos, 33% acima da inflação do mesmo período. Nesse mesmo tempo, o salário dos professores foi reajustado em 40,79%. Ou seja, as mensalidades do ensino superior foram reajustadas em 44,56% acima dos salários dos professores.

E os números se repetem em todos os graus do ensino. Na educação infantil, houve reajuste de mensalidades na ordem de 74,26%, de 2000 a 2005 – 14,6% a mais do que a inflação do período e 23,77% acima dos salários dos professores.

Benedito afirma que o órgão fiscalizador proposto pelo sindicato seria constituído por representantes da sociedade, pais, professores, alunos e poder público. "A idéia é retomar aquela Comissão de Encargos Educacionais, que era ligada ao Conselho Estadual de Educação e que deixou de existir há cerca de oito anos. Enquanto existiu essa comissão, as escolas eram obrigadas a justificar os reajustes, que eram analisados pela Conselho de Educação. Isso precisa ser retomado", afirma.

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