SindSaúde promove ato na sede do Lacen

Representantes do Sindicato dos Servidores Estaduais de Saúde (SindSaúde) fizeram um ato, ontem, no Laboratório Central do Estado (Lacen-PR). Eles levaram um lanche para os cerca de 70 servidores lotados na sede do bairro Guatupê, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para lembrar que eles não recebem a refeição de domingo quando têm que trabalhar por conta da grande demanda da gripe A.

Segundo o SindSaúde, desde que o número de pessoas com a doença começou a aumentar no Estado, os funcionários do Lacen estão fazendo horas extras diariamente e trabalhando nos finais de semana.

De acordo com informações do sindicato, os servidores que fazem horas extras recebem por elas, mas com um limite de 44 horas por mês. Se por acaso essa quantia for superada, o restante é pago no mês seguinte, conforme o sindicato.

No Lacen, o número de exames da gripe A H1N1 tem diminuído, segundo Elaine. No entanto, os servidores continuam fazendo muitas horas a mais. “Nesse momento em que uma doença tão grave aparece, nós não pensamos em horas extras. Fazemos o nosso trabalho porque temos que dar uma resposta rápida para a sociedade. E o governo também contratou ou remanejou mais gente para o Lacen. Porém, não podemos deixar de defender nossos direitos, e nos domingos os servidores do Lacen têm recebido apenas um lanche, não almoço”, afirmou a presidente do SindSaúde, Elaine Rodella.

Outro objetivo do ato de ontem, segundo Elaine, é lembrar da importância do servidor de saúde, sobretudo no momento em que pandemias tomam conta do país. “Nós estamos aproveitando o ato para lembrar do nosso Plano de Carreira, que ainda não foi aprovado. Já houve negociações, mas agora está tudo parado”, afirmou a sindicalista.

Sesa

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que as refeições foram normalizadas desde a última segunda-feira. Sobre as horas extras, a Sesa disse que “todos os funcionários estão trabalhando dentro do estabelecido por contrato, ou seja, 40 horas semanais”.

A Sesa informou, ainda, que “alguns fazem horas extras, porém sem ultrapassar o estabelecido por lei e estão recebendo pelas horas trabalhadas”. Ao todo, para atender a nova demanda, segundo a Sesa, foram contratados seis farmacêuticos, dois técnicos de laboratório e dois técnicos administrativos.

Sobre o plano de carreira, a Secretaria de Estado da Administração e Previdência informou que o assunto está no setor de recursos humanos, sendo discutido, mas que não há previsão de novidades.