A Prefeitura de Curitiba estaria pressionando os agentes de trânsito a assinar uma carta e um abaixo-assinado contrários as posições e declarações do Sindicato dos Trabalhadores em Trânsito, Transporte e Urbanização (Sindiurbano). Segundo o secretário-geral do Sindiurbano, Jéferson Andrade, o movimento anti-Sindiurbano é formado por “meia dúzia” de funcionários da Diretran (Diretoria de Trânsito), todos com cargos de chefia.
“Esse pessoal também está pressionando os trabalhadores para que não compareçam à assembléia do sindicato, marcada para terça-feira”, acusa. “Eu e mais alguns companheiros do sindicato fomos cercados por esse grupo. Mas isso não nos intimida, não: vamos continuar a defender a categoria.”
Amanhã, o sindicato tem uma reunião com um procurador do Ministério do Trabalho. Neste encontro, a diretoria do Sindiurbano quer buscar esclarecimentos jurídicos a respeito da legalidade das demissões de agentes de trânsito.
Nesse início de ano, um agente de trânsito foi demitido pela Urbs (empresa que gerencia o tráfego de veículos na capital) por meio da Diretran. A justificativa foi de falta de produtividade. Mas, segundo o sindicato, a demissão é semelhante a outras que teriam ocorrido em 2002. “Quem multa pouco vai para a rua”, denuncia Jéferson.