Em Brasília

Sindicatos denunciam formação de cartel no transporte de Curitiba

O Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), Sindicato Trabalhadores em Trânsito Transporte Curitiba (Sindiurbano), Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP –Sindicato), Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (Apuf-PR) e Sindicato dos Bancários protocolam nesta quinta-feira (24) uma denúncia no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de formação de cartel pelas empresas de transporte coletivo de Curitiba. Entre os prejuízos causados por esse tipo associação de empresas estaria a elevação do preço da tarifa na cidade.

As entidades, que em 1° de outubro haviam entregue um estudo jurídico à prefeitura demonstrando irregularidades no processo de licitação, querem que as empresas envolvidas sejam desligadas da prestação de serviço. Segundo apurou o Senge-PR, muitas das empresas que operam em Curitiba já foram alvo de processos semelhantes em Brasília, Apucarana e Guarapuava. No caso de Apucarana, um promotor de Justiça aconselhou a prefeitura do município a cancelar a licitação, sugestão acatada pela administração da cidade.

Nesta sexta-feira (25), os cinco sindicatos devem protocolar também uma denúncia na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), solicitando uma investigação sobre o caso. Além disso, vários documentos já foram entregues à CPI do Transporte, que acontece na Câmara de Curitiba, no entanto, nenhum parecer foi emitido até o momento pela administração da capital a respeito desse estudo jurídico.

O outro lado

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Curitiba e Região (Setransp) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não foi procurado por nenhuma das entidades envolvidas para prestar esclarecimentos. De acordo com o sindicato patronal, o processo se transformou em uma questão unilateral.

Para o Setransp, o fato de a denúncia chegar ao Cade é uma oportunidade da entidade se manifestar com seu ponto de vista, já que, segundo sua assessoria, na CPI todo pronunciamento foi realizado para responder perguntas, ou seja, não houve manifestação espontânea.