Sindicato se revolta contra troca de taxímetros

O Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários do Paraná (Sicavrep), entidade representante dos taxistas, está revoltado com a última decisão das centrais de radiotáxi. Elas solicitaram à Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) que todos os taxímetros da frota de 2.253 carros da capital sejam trocados. O ofício contendo a determinação, segundo o sindicato, deve ser encaminhado nos próximos dias para a homologação do prefeito Cassio Taniguchi. A partir dessa data, todo motorista de táxi terá que trocar o equipamento.

Os custos, de cerca de R$ 350 por táxi, ficam a cargo dos donos dos veículos. O custo da troca de toda a frota ficaria em torno de R$ 800 mil. O sindicato também garante que não foi comunicado sobre a decisão tomada pelas centrais e repassada em reunião para a divisão de serviços de táxi e transportes comerciais da Urbs.

Na capital funcionam sete centrais de radiotáxi. Segundo o presidente do sindicato, Pedro Chalus, cada uma estabelece como proceder em relação ao taxímetro. Uma corrida com bandeira 1 ou 2, com desconto ou comissões para conquistar uma clientela maior, são situações que ocorrem diariamente, desrespeitando a tabela de tarifas criada pela Urbs, ressaltou o presidente do sindicato. De acordo com essa tabela, os taxistas deveriam cobrar pela corrida bandeira 1 das 6h às 20h, e bandeira 2 das 20h às 6h. “Isso ocorre porque a concorrência é grande, mas então porque implementar novos taxímetros se ninguém respeita a determinação do órgão público”, questiona.

Pedro também diz que hoje existe a oferta de serviços de táxi está muito grande, extrapolando a necessidade real da procura. Por isso, ele conta que a inviabilidade do projeto será comprovada. “Antes de obrigar os taxistas a colocar outro taxímetro, o desrespeito às normas estabelecidas pela Urbs deveria ser verificado. Onde está a fiscalização dos taxímetros? Isso ocorre direto e ninguém toma uma providência”, frisou Pedro.

Indefinido

A Urbs informou que nenhuma decisão com relação à proposta das centrais ainda foi tomada. Eles também confirmaram que estão fazendo estudos sobre a solicitação. A reportagem de O Estado tentou entrar em contato com o presidente da Associação das Centrais de Rádio Táxi, mas não obteve resposta.

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