O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região prometeu parar, todos os dias, uma agência bancária, até que se resolvam alguns impasses. Segundo o diretor do sindicato, Gilberto Reck, uma conferência da categoria foi feita em julho. Nesta reunião, foram tratadas diversas reivindicações em prol da melhoria dos serviços bancários. A maior parte das reclamações é a respeito das condições de trabalho nas agências. Espaço restrito e apertado, filas enormes, ambientes sem ventilação e, principalmente, quadro de funcionários menor que o necessário.
Gilberto informou que ainda serão feitas reuniões para decidirem estes e outros temas, pertinentes aos trabalhadores, com a Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) na próxima terça-feira (16). Já nesta sexta-feira (12), a reunião deve acontecer com a Caixa Econômica Federal. Após estas duas reuniões, deve-se esperar a chamada para a Assembléia Geral dos bancários pela cúpula nacional da categoria. A partir de então, pode-se paralisar todos os serviços dos bancos e uma greve geral pode, de fato, ocorrer.
Por enquanto, as agências serão, uma a uma, bloqueadas pelos sindicalistas. O único setor que deve permanecer funcionando será o auto-atendimento. Segundo Gilberto, os “alvos” a serem paralisados são definidos no dia anterior e mantidos em sigilo. Questionado sobre o segmento dos piquetes, o diretor do sindicato apenas confirmou que será no centro da cidade, e que, por ter sido parada nesta quarta-feira (10) uma agência do Banco do Brasil, nenhuma outra agência deste banco seria o foco na quinta-feira (11).
Protesto
Nesta quarta-feira (10), foi paralisada a agência do Banco do Brasil do Seminário, na Avenida Sete de Setmbro, 6810. Na quinta, as atividades voltam a normalidade nesta agência e o protesto segue para outro local. Os funcionários pararam por 24 horas, mas as pessoas puderam entrar no salão do auto-atendimento tranqüilamente, a despeito das faixas com escritos como “Porta do inferno”, colocadas na entrada.