Aos 54 anos, Seu José Antônio Moraes pode ser considerado um dos mais conhecidos corredores de rua de Curitiba. Com mais de mil provas no currículo, o microempresário pratica o esporte há mais de três décadas e já participou de corridas em todo país e até no exterior. “Só pra ideia, já participei de 28 corridas de São Silvestre. Esse ano vou pra 29ª São Silvestre. E fora do Brasil, já corri em Nova York, Buenos Aires e Assunção”, conta orgulhoso.

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Seu Antônio é natural de Paranavaí, no noroeste do Paraná, e há mais de 40 anos trabalha é proprietário de uma pequena serigrafia o bairro do Rebouças, em Curitiba. Ele conta que decidiu se dedicar às corridas ainda na adolescência. “Quando eu era moleque, a minha turma de bairro só queria saber de jogar futebol e eu só jogava porque era dono da bola. Quando percebi que eu tinha mais fôlego do que bola no pé, comecei a correr sem parar”, relata.

Anderson Tozato
O homem é um dínamo: mais de mil provas de rua no currículo.

A dedicação à corrida ganhou força durante o período em que serviu o Exército em Paranavaí, quando as provas militares aconteciam com freqüência no interior do estado. “Passei a participar direto e ia bem nas corridas. Meu tempo era bom e via que tinha jeito pra coisa. E daí tomei gosto de vez pela coisa”, diz.

Quando veio pra Curitiba, no final da década de 70 a corrida entrou de vez na vida de Seu Antônio. Ele passou a correr todas as provas que podia, viajando todo o Brasil. “Comecei a me dedicar e participar de mais e mais provas. Corri provas longas e de curtas distâncias, meia maratonas e maratonas completas, que já foram 72 ao total”, relata.

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Com tanto tempo de corrida, o corredor conta que o momento atual do esporte é muito positivo, com provas valorizadas e cada vez mais praticantes. “Antigamente, tinha uma corrida aqui, outra ali, e não tinham muitas pessoas correndo. Hoje tem prova toda a semana praticamente e provas cheias, com milhares de corredores. Os equipamentos melhoraram. Temos corridas semanais com estrutura, patrocinadores fortes e agentes de trânsito nos dando cobertura. Então, hoje, está muito bom pra quem ama esse esporte”, diz.

Mesmo com o avançar da idade, ele afirma que nunca se sentiu tão bem e garante que ainda vai correr por muito tempo. “Correr é uma terapia pra mim. Me sinto bem correndo, minha saúde tá em ordem, conheci pessoas maravilhosas correndo e inúmeras cidades pelo Brasil e pelo mundo. Quero continuar correndo ainda por muito tempo. Até minha saúde deixar”, finaliza.

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