O presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), Dante Goulin, acusou a Urbs de tratar as companhias como bandidas. Ele criticou a gerenciadora do sistema de transporte coletivo por divulgar que uma empresa deve R$ 474,5 mil de ISS, em valores corrigidos. O presidente da Urbs, Roberto Gregório, rebateu, dizendo que a prefeitura trata a todos com respeito e responsabilidade e que a dívida, referente ao período de 2008 a 2010, foi levantada após ampla investigação.
Após participar da reunião da comissão de análise da tarifa, Goulin declarou que “as coisas precisam ser pesquisadas para ver a verdade. Essa divulgação (da dívida) de ISS deixou os empresários como bandidos e nós não somos bandidos, somos homens de responsabilidade”. O presidente da Setransp citou que alguns empresários trabalham no sistema de transporte há 60 anos. “Todo o pagamento que é feito para empresas e consórcios, já vem deduzido do ISS, é retido na fonte, nós recebemos o líquido desse valor”, justificou.
Autuações
Conforme Gregório, apenas os contratos feitos a partir de 2010 preveem o recolhimento de ISS direto na fonte e a dívida apurada é anterior à nova regra do imposto. “Em momento algum a prefeitura fez acusação a uma empresa. Se o fizeram, não foi por parte do Executivo”, disse. Segundo o presidente da Urbs, hoje o imposto é retido na fonte. “O que falamos dessas autuações é de 2008 a 2010. A partir do momento que tivemos a licitação (2010), a modelagem tem sido outra e essa modelagem está sendo rediscutida com a Secretaria de Finanças para aprimoramento”, relatou.