Sesa preocupada com a esquistossomose

A Secretaria de Estado da Saúde prepara um plano para atualização do levantamento dos moluscos transmissores da esquistossomose. O trabalho será realizado em 276 municípios do Paraná, com a captura e identificação de moluscos. A previsão é que os trabalhos tenham início até o final deste ano, logo após a capacitação de pessoal.

A preocupação é identificar os portadores para evitar a forma mais grave da doença. “Para alcançar a erradicação da doença no Estado é necessário desenvolver ações educativas, identificar e tratar portadores e doentes, além do saneamento básico”, destaca a enfermeira e técnica responsável pelo programa de controle da esquistossomose da Secretaria de Estado da Saúde, Lúcia Harumi Minami. Atualmente, existem 54 municípios de risco no Paraná, localizados, principalmente, no Norte do Estado. O primeiro foco da doença foi detectado em Jacarezinho, em 1949. Nos últimos cinco anos, manteve-se a média de 215 casos registrados por ano. Para Lúcia, há necessidade de atualização para identificar novos focos de risco, evitando-se, desta forma, a expansão da doença.

A doença

A esquistossomose ou “barriga d?água” é uma infecção provocada por parasitas do gênero Schistosoma, que tem como hospedeiro intermediário o caramujo de água doce. Pode provocar, durante sua fase aguda, tosse, diarréia, dor de cabeça, anorexia, náusea e febre. Na fase crônica, pode causar o aumento do fígado, baço, circulação colateral, varizes de esôfago, ascite (barriga d?água), vômito e fezes com sangue, além de paralisia (mielite esquistossomótica).

Para prevenir a esquistossomose, é importante tomar alguns cuidados: não tomar banho ou lavar roupas em lagoas, tanques e rios que tenham o caramujo, não evacuar próximo a esses locais e utilizar banheiro com rede de esgoto.

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