Instituto Curitiba Saúde

Servidores públicos querem mais recursos para ICS

Servidores municipais aguardam uma audiência nesta terça-feira com a direção do Instituto Curitiba de Saúde (ICS) para mais uma vez reivindicar uma maior aplicação de recursos na instituição, que faz o atendimento de saúde para os funcionários públicos municipais. Eles denunciam que o serviço prestado apresenta problemas e que a situação pode ficar pior caso não haja interferência da prefeitura.

O Sindicato dos Servidores Municipais Públicos de Curitiba (Sismuc) e o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) lançaram neste sábado (26) a campanha Por que Não?, com o intuito de sensibilizar a administração municipal a ampliar o repasse para o ICS, de 3,65% sobre a folha de pagamento dos servidores para 5,65%. Atualmente, os funcionários contribuem com 3,14% do salário, em contrapartida.

De acordo com Patrícia de Morais, da diretoria Sismmac, o acréscimo dos 2% ainda não seria suficiente para acabar com os problemas do ICS, mas se tornaria um caminho para a reestruturação do instituto. “Os 2% reivindicados estão na avaliação de uma empresa contratada pela prefeitura. O levantamento mostrou a necessidade de um maior financiamento. Sugere a manutenção dos 3,14% dos servidores e o aumento por parte da prefeitura”, explica.

A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais Públicos de Curitiba (Sismuc), Marcela Alves Bomfim, explica que é necessário discutir a sustentabilidade do ICS. “Já foram fechados vários convênios e o serviço interno está precarizado. O ICS funcionando com qualidade é um benefício para o servidor”, afirma. Os servidores avisam que há dificuldades na marcação de consultas e a falta de atendimento em várias especialidades.

Outro cenário que preocupa é o fim da obrigação por parte dos servidores de contribuir com o ICS. Isto vai acontecer a partir do dia 14 de agosto, quando os funcionários poderão fazer a opção em permanecer com a contribuição ou não, conforme determinação judicial. “A queda da compulsoriedade vai revelar outro cenário. É preciso esperar para ver o quanto isto vai impactar na receita e depois ver os caminhos”, comenta Patrícia. Os sindicatos defendem ainda a transformação do ICS em uma autarquia.

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