Servidores federais no Paraná definem fim de greve

Depois de mais de dois meses de greve, os servidores técnicos-administrativos das universidades federais estão próximos de fechar um acordo com o governo federal e pôr fim ao movimento grevista. Segundo o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), Edvaldo Rosas, a recomendação do comando de greve foi de aceitar a proposta. No Paraná, os cerca de 5 mil servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) votam hoje pela manhã se continuam ou encerram a paralisação que já dura 64 dias.

A recomendação de aceitar a proposta, segundo Rosas, seguiu para as assembléias que deverão ser realizadas hoje e amanhã nas 40 universidades paralisadas em todo o País. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3.º Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest-PR) vota a aprovação ou não da proposta hoje, às 9h30, no Restaurante Universitário da reitoria. Amanhã, também às 9h30, no Hospital de Clínicas, acontece reunião dos funcionários da Federal que trabalham no HC. Eles não estão em greve. “Conforme os resultados das assembléias, na tarde de quarta-feira o comando da greve retoma o contato com o governo para assinar o Termo de Compromisso de fechamento da negociação”, disse Rosas.

A proposta, conforme explicação de Rosas, antecipa de julho para março de 2005 o pagamento do piso salarial de R$ 701,98 – hoje o piso é de R$ 492,00 – e cria um degrau de 3% entre os diversos padrões que constituem o plano de carreira. “A proposta original do governo, apresentada no dia 11, era de efeito financeiro a partir de 1.º de julho de 2005, e nessa outra proposta nós queríamos para janeiro, mas conseguimos para março. O que significa um avanço”. Conforme Rosas, “o montante de recursos foi elevado em torno de R$ 15 milhões a mais da proposta anterior”. Informações da Fasubra revelam que no total já foram liberados R$ 709 milhões para o reajuste em 2004, R$ 341 milhões serão aplicados em 2005 e mais R$ 365 milhões em 2006.

Voltar ao topo