Servidores federais fazem protesto e ameaçam greve

Os servidores técnicos-administrativos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), do Hospital de Clínicas (HC) e do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR) realizaram ontem uma paralisação de 24 horas, em frente ao Restaurante Universitário, no centro de Curitiba. Somente alguns funcionários do HC estiveram presentes para não prejudicar o atendimento à população. A categoria reivindica a reposição de perdas salariais dos últimos quatro anos. São mais de 3,5 mil profissionais (de farmacêuticos até agrônomos, por exemplo) atuando nas três instituições.

Os servidores pedem reajuste de 50% nos salários. “Mas a perda real foi de 127% nesse período. Estamos discutindo a possibilidade de conseguir pelo menos esses 50%”, explica Antônio Néris, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3.º Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest). O Ministério da Educação, responsável pelas instituições, divulgou que o aumento para este ano varia entre 9% e 29% aos trabalhadores vinculados ao órgão. Segundo Néris, não ficou explícito qual será a porcentagem dos servidores técnico-administrativos. “Nós também queremos esse esclarecimento”, conta.

O movimento dos funcionários aconteceu em todo o País. Caso as negociações não resultem em um bom acordo, a categoria vai realizar uma greve, já marcada para a segunda quinzena de abril. “Outra paralisação está marcada para o dia 14. Os servidores vão definir, nessa manifestação, a ocorrência ou não da greve”, comenta Néris.

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